Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Domingo, 28 de Abril de 2024

Agronegócio

Prefeitura decreta situação de emergência e abre caminho para produtor renegociar parcela de financiamento

No caso das parcelas dos créditos para investimento, a intenção é jogar a prestação deste ano para o final do contrato.

Redação/Região News

08 de Março de 2024 - 17:02

Prefeitura decreta situação de emergência e abre caminho para produtor renegociar parcela de financiamento
Prefeitura de Sidrolândia. Divulgação.

Com a projeção de quebra de até 25% na produtividade de soja, decorrente da falta de chuva e altas temperaturas no período de desenvolvimento da oleaginosa, a prefeita Vanda Camilo decretou a situação de emergência na zona rural de Sidrolândia por 90 dias.

A medida, que atende recomendação do Sindicato Rural, se for reconhecida pelo Governo do Estado, vai respaldar as propostas de renegociação das parcelas que vencem dos financiamentos de custeio e investimentos que vencem no próximo dia 30 de março. Os produtores também poderão acesso o seguro agrícola. No caso das parcelas dos créditos para investimento, a intenção é jogar a prestação deste ano para o final do contrato.

Perda

Com pouco mais de 51% da área plantada colhida, o cenário que se avizinha é a queda de 20% na produção de soja de Sidrolândia. Se confirmada a expectativa do Sindicato Rural "quebra" de 25% na produtividade, de 69,06 para 48,36 sacas por hectare, serão colhidas 848.750 toneladas, ante a colheita na safra passada acima de 1 milhão de toneladas (1.059.496,65). Mesmo com esta redução, este resultado seria o terceiro resultado da série histórica iniciada em 2004.

Em termos financeiros, tomando como referência o preço da soja a R$ 98,00 a saca, a redução da produtividade de 69,06 para 48,46 (perda de 17,25 sacas) significará um prejuízo de R$ 462,3 milhões.

O presidente do Sindicato Rural, Paulo Stefanello, contesta a estimativa de uma quebra de 13,49% (perda de quase 10 sacas por hectare), o que significaria um prejuízo de R$ 249,1 milhões. "Este cálculo não reflete a evolução da colheita. Em minha lavoura, a quebra foi de 50%.” argumenta Stefanello.

Já na propriedade de Claiton Straube, que planta 300 hectares na região do Capão Seco, projeta redução de 30% na produtividade com a expectativa de colher 57 por hectare. A queda da produtividade decorre de questões climáticas, volume de chuva insuficiente e altas temperaturas no período de desenvolvimento da planta.