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Policial

Com líderes presos há 144 dias, golpistas mantém assédio a vítimas

Celso Éder Gonzaga Araújo, Anderson Flores de Araújo, Sidney Anjos Peró foram presos no dia 21 de novembro pela Polícia Federal.

Campo Grande News

12 de Fevereiro de 2018 - 16:36

Mesmo com os líderes presos há 144 dias na operação “Ouro de Ofir”, golpistas continuam “caçando” novas vítimas para investirem nas cotas fictícias das operações Aumetal e semelhantes.

Celso Éder Gonzaga Araújo, Anderson Flores de Araújo, Sidney Anjos Peró foram presos no dia 21 de novembro pela Polícia Federal. Eles com a ajuda de centenas de “corretores” do golpe fizeram pelo menos 25 mil vítimas em todos os estados brasileiros prometendo lucros bilionários a partir de investimentos de R$ 1 mil.

Por meio de um leitor, o site teve acesso a áudios que mostram que os “corretores” do golpe continuam atuando em cima da farsa desmascarada pela PF.

Nos áudios, um homem reforça várias vezes que a “roda vai girar” prometendo a quem investir que os lucros pelos investimentos na operação serão pagos até março.

O que chama a atenção são as formas de convencimento usadas pelos suspeitos. Eles se baseiam em supostas ações internacionais financeiras e ainda insistem em associar as ações a Deus e líderes religiosos, como pastores.

“Amanhã é o grande dia. A roda vai girar. Amanhã os bancos já abrem com as novas moedas de cada país com lastro em ouro. É o grande dia, isso trará mais riqueza para todos os países. Quem não acreditar vai sofrer. Todas as operações serão pagas. Vamos aguardar o chamamento dos bancos”, diz homem em áudio.

Ao site, o leitor que preferiu não se identificar contou que o áudio foi enviado a ele por um colega de trabalho. “Ele [colega] me mandou tentando me convencer que a operação é legítima e que quem investir vai receber os milhões prometidos”, disse.

O problema é que o colega de trabalho também é mais uma vítima e recebeu o áudio nos grupos de WhatsApp já conhecidos pela PF, que servem para inflamar as vítimas a continuarem acreditando. “Segundo meu colega eu teria que investir mais R$ 500, porém já sei de toda a história”, comenta.

Mudança – Até dezembro de 2017, a operação Ouro de Ofir tramitava na 3ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande, especializada em lavagem de dinheiro, ocultação de bens e valores e crimes contra o SFN (Sistema Financeiro Nacional).

No entanto, no último dia 22, o juiz plantonista Roberto Polini extinguiu a ação por crimes contra o sistema financeiro e determinou que o processo fosse para a Justiça Estadual sobre os demais crimes.

Todos os integrantes tiveram pedido de liberdade negados mais de uma vez pela Justiça.