Economia
Confiança do consumidor sobe 2,4% em janeiro
O indicador foi divulgado hoje (29) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Agência Brasil
29 de Janeiro de 2018 - 16:23
A confiança do consumidor brasileiro iniciou 2018 em alta, com crescimento de 2,4% no Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) em janeiro em relação a dezembro de 2017. O indicador foi divulgado hoje (29) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Apesar da alta na passagem de dezembro do ano passado para janeiro deste ano, o Inec do primeiro mês do ano ficou 0,9% abaixo do registrado em janeiro do ano passado e 4,7% abaixo de sua média histórica, que é de 108 pontos.
Segundo a CNI, houve crescimento na maioria dos indicadores que compõem o Inec, na comparação janeiro 2018/dezembro 2017, com exceção apenas para o índice de compras de bens de maior valor, que caiu 0,7%. Entre os componentes que mais cresceram no período, a CNI destaca a expectativa de renda, que subiu 5,3%; o de expectativa de renda pessoal, com aumento de 5,3%; e o de expectativa de inflação, que melhorou 4%.
Análise e projeções
Os números indicam, na avaliação da confederação, que os consumidores estão mais otimistas com relação ao desemprego, renda e também com a evolução dos preços. No entanto, o economista da CNI Marcelo Azevedo reconhece que, embora haja melhores nos indicadores, a confiança não mudou muito tanto na comparação mensal como anual.
São variações pequenas, o índice ainda fica baixo e isso faz com que a recuperação da demanda fique ainda limitada. Mas a gente espera que, como o Inec mostra consumidores mais confiantes, haja aumento maior da demanda, uma vez que consumidores mais confiantes tendem a aumentar o seu consumo. Há que se ressaltar, no entanto, que como o índice se manteve baixo, apesar da melhora, principalmente neste início de ano, esta recuperação deverá continuar sendo lenta.
Segundo Azevedo, os resultados de janeiro indicam uma recuperação gradual do quadro. A gente percebe que há melhoras sobretudo na questão das expectativas [de inflação, de renda, de desemprego], que são mais otimistas: hoje os consumidores acreditam mais na queda da inflação, do desemprego e do aumento da própria renda. E foi isso, inclusive, que levou à melhora do índice neste início do ano, explica.
De acordo com o economista da CNI, as expectativas sobre endividamento e a situação financeira ainda são os componentes que limitam a recuperação mais expressiva da confiança do consumidor como um todo.
De maneira geral, a avaliação da CNI é que 2018 será um ano melhor e com menos sobressaltos nos indicadores. Diferentemente do ano passado, quando a gente tinha um crescimento e uma queda, um crescimento e uma queda o que impedia e limitava o crescimento ao longo do ano -, agora em 2018 essas quedas serão mais raras, e poderão até não acontecer, o que manterá um ritmo de crescimento mais constante ainda que baixo, analisa Azevedo.