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Política

Maia diz que "limite" da Previdência é fevereiro e afirma que não entra no "jogo de empurrar responsabilidade"

Maia afirmou que, se a articulação com governadores resultar em cerca de 300 votos na semana do dia 20 de fevereiro, data marcada para a votação, a previdência vai a plenário.

G1

07 de Fevereiro de 2018 - 14:47

O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse em entrevista à GloboNews que o limite para votar a reforma da Previdência é fevereiro e chamou à responsabilidade os governadores e os prefeitos para conseguir votos pela proposta.

Maia afirmou que, se a articulação com governadores resultar em cerca de 300 votos na semana do dia 20 de fevereiro, data marcada para a votação, a previdência vai a plenário.

“ Se no dia 20 a gente tiver conseguido caminhar a articulação com governadores e estivermos próximos dos 300 votos, é dia 20, 21, 22. O importante é aprovar a Previdência. Agora, claro que não dá para passar muito tempo disso. Não podemos ficar parado com esta agenda, até porque temos outras importantes para o ajuste fiscal. Mais cinco dias, o limite é este. O limite é fevereiro com certeza. Começar dia 20”, afirmou Maia.

Maia disse que não vai entrar no “jogo de empurra” com o Palácio do Planalto em relação à responsabilidade pela eventual derrota - ou a não votação da Previdência. O presidente Michel Temer disse, recentemente, que o governo “já fez a sua parte” pela Previdência, o que irritou o presidente da Câmara. Para Maia, a declaração soou como uma tentativa de o governo jogar a responsabilidade para o Congresso sobre a Previdência.

Perguntado pela reportagem como fica a sua liderança diante da declaração de Temer, Maia respondeu:

“Não estou neste jogo de empurrar a responsabilidade. Não estou preocupado em quem é culpado, quem não é culpado. Depois da denúncia [contra Temer, em 2017], a base caiu. Eu estou preocupado em construir o caminho para aprovar a Previdência. Uma reforma dessas vai gerar milhões de empregos. É irrelevante para mim quem é culpado e quem não é. Eu vou trabalhar até o ultimo dia, estamos tentando construir uma nova base para votar a Previdência.”

Maia afirmou também que o governo precisa criar uma “nova base” para aprovar a reforma da Previdência. Daí a necessidade da ajuda dos governadores, que podem trabalhar votos junto a deputados de seus estados.

“O governo tem 250 votos. Faltam 70 votos, como construímos uma nova base? Estou construindo... Atrair prefeito e governador, mas não é só pedindo ajuda, mas, sim, uma pauta conjunta, Porque a previdência ajuda muito os governadores. Aliás, mais do que a União. Os governadores têm interesse na votação da securitização de suas dívidas, têm interesse em discutir um formato de um fundo da previdência dos estados fora dos orçamentos dos estados. É um caminho, desde que a gente não onere a União. Acho que tem condição de o parlamento construir com governadores e prefeitos uma agenda, uma pauta que trate deste campo: do campo das despesas”.

Maia disse que fez nesta terça-feira uma longa reunião com líderes da base do governo para discutir o assunto. “Disse a eles que está na hora de a gente trabalhar para valer, sair da zona de conforto, de ficar olhando lista e ir para o campo. Todo mundo concordou que precisamos construir uma agenda em conjunto com os governadores para sair dos 250 votos e chegar aos 320 votos. Sozinha, a base do governo não tem”.