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Sidrolandia

Para cobrar equiparação retroativa, professores decidem por paralisação dia 20

O Governo não respeitou a progressão salarial e aplicou um valor linear de R$ 137,82, ao invés dos R$ 165,15, que corresponde a 16,75% de R$ 985,99, diferença entre o piso nacional do magistério e o salário base pago.

Flávio Paes/Região News

04 de Março de 2018 - 21:40

Para cobrar equiparação retroativa, professores decidem por paralisação dia 20

Os professores aprovaram em assembleia geral e vão promover no próximo dia 20 um dia de paralisação para cobrar o pagamento retroativo das perdas salariais dos últimos três meses de 2017 (de outubro a dezembro), com o critério usado pela Prefeitura para o pagamento da segunda parcela da equiparação salarial ao piso nacional do magistério, que deixou de fora os professores contratados.

O Governo não respeitou a progressão salarial e aplicou um valor linear de R$ 137,82, ao invés dos R$ 165,15, que corresponde a 16,75% de R$ 985,99, diferença entre o piso nacional do magistério (R$ 2.298,80 de 2017) e o salário base pago ao professor de nível 1 (o antigo normalista) da rede municipal, R$ 1.312,81. O movimento cobra também a realização de concurso público (há 348 professores efetivos e 338 contratados); negociação dos índices deste ano, o reajuste anual de maio e o pagamento da terceira parcela da equiparação, em setembro, com base no plano de cargos e carreira.

A decisão de promover um dia de greve foi tomada porque o prefeito Marcelo Ascoli não apresentou após cinco meses, nenhuma proposta de negociação, nem respondeu a sugestão do Sindicato de parcelamento dos retroativos. Foram três rodadas de negociação, outras três reuniões agendadas, mas que acabaram desmarcadas (uma vez por ofício e outras duas, por telefone). Desde o final do mês passado o presidente da Fetems, Jaime Teixeira, assumiu as negociações, mas desde então, não conseguiu ser recebido por nenhum interlocutor do Executivo, seja o prefeito, a secretária de Educação ou o Procurador Jurídico.

Perdas

Pelas contas dos professores, com o pagamento linear de R$ 137,82 de equiparação, o professor de nível 2, com licenciatura, tem perda de R$ 87,02 por mês, o salário base subiu de R$ 1.575,37 para R$ 1.686,48, quando deveria chegar a R$ 1.773,55. Para isto o salário do professor nível 1 passaria de R$ 1.477,96 e sobre este valor se aplica 15%, resultando no salário do professor com formação universitário. Já o professor com 24 anos de serviço, nível 2 letra H, perde R$ 231,10 por mês, de R$ 2.182,42, deveria estar em R$ 2.413,52.

Os professores exigem R$ 165,15 (16,75% sobre R$ 985,99, diferença entre o salário-base do professor nível, R$ 1.312,81 e o piso nacional, R$ 2.298,80).  Com este valor, o piso do nível 1 sobe para R$ 1.477,96 e sobre valor, aplica-se 20% para os de nível 2 e 35% para os nível 3, para chegar aos novos salários (R$ 1.773,55 e R$ 1.995,24). A classe cobra o recebimento dos retroativos à 1º de setembro, totalizando um passivo de R$ 710 mil, sem computar o 13º.