Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Sexta, 19 de Abril de 2024

Agronegócio

Cultivo de cana-de-açúcar diminuiu 3,6% em volume de produção

A média brasileira foi semelhante à da safra passada, de 72.543 kg/ha, e acabou não impactando no aumento da produção.

Correio do Estado

25 de Abril de 2018 - 09:00

Cultivo de cana-de-açúcar diminuiu 3,6% em volume de produção

A companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou hoje (24), o 4º e último levantamento da safra de cana-de-açúcar 2017/2018, registrando que a produção teve queda, chegando a 633,26 milhões de toneladas, o que corresponde a 3,6% a menos em relação à safra anterior, que foi de 657,18 milhões de toneladas.

A média brasileira foi semelhante à da safra passada, de 72.543 kg/ha, e acabou não impactando no aumento da produção. O Centro-Oeste manteve a área colhida anteriormente, mas com estimativa de redução nos patamares de produtividade, visto que a produção de 133,66 milhões de toneladas representa redução de 0,4%.

O boletim mostra ainda que a diminuição também é reflexo da área colhida, que fechou 8,73 milhões de hectares, com queda de 3,5% se comparada à safra 2016/17. Mesmo com este cenário, a produção de etanol manteve-se estável, com 27,76 bilhões de litros e redução de 0,2%.

Já o açúcar caiu para 37,87 milhões de t, com retração de 2,1% em relação à safra anterior, devido à menor quantidade de cana disponível e o direcionamento para a produção de etanol, visto que os preços no mercado internacional caíram.

No caso do etanol anidro, utilizado na mistura com a gasolina, houve aumento de 0,1%, alcançando 11,09 bilhões de litros. A justificativa, segundo a pesquisa, foi a manutenção do consumo de gasolina. Neste caso, o total produzido de etanol hidratado foi de 16,68 bilhões de litros, o que significa uma redução de 0,3% ou 58,36 milhões de litros.

A estimativa aumentou em relação aos levantamentos anteriores, porque o consumo de etanol hidratado subiu a partir de outubro de 2017, o que levou as unidades de produção a direcionarem a produção para o biocombustível em detrimento do açúcar. O consumo acumulado, segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP), foi 5% superior à safra passada.