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Policial

Segurança do governador e promovido por ato de bravura é um dos presos pelo Gaeco

A organização criminosa formada atuava no contrabando tanto de cigarros como de outros produtos, como pneus.

Correio do Estado

18 de Maio de 2018 - 11:02

Com maioria de sargentos, os 21 policiais militares presos por corrupção durante a Operação Oiketikus, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), com apoio da Corregedoria da Polícia Militar, estavam se promovendo dentro da corporação, sendo que alguns até subiam de patente com o status de “ato de bravura”.

O Correio do Estado teve acesso aos nomes dos 21 policiais presos nesta quarta-feira (16), em todo Mato Grosso do Sul. No total, são oito sargentos, cinco cabos, quatro soldados, dois tenentes-coroneis, um subtenente e um major.

A organização criminosa formada atuava no contrabando tanto de cigarros como de outros produtos, como pneus. A milícia não só cobrava propina dos contrabandistas para facilitar o trânsito em rodovias estaduais e na distribuição em municípios, como também tentavam dificultar a atuação de outras forças de segurança na investigação desse tipo de crime. As rotas que os investigados atuavam tinham ligação com a Bolívia e o Paraguai.

Dois tenentes-coronéis, primeira patente abaixo de coronel, a maior da corporação, foram presos na operação conjunta: Admilson Cristaldo Barbosa - comandante do 11º Batalhão da PM Jardim - e Luciano Espindola da Silva - comandante da 1ª Companhia Independente da PM de Bonito.

O major Oscar Leite Ribeiro – comandante da 2ª Companhia de Polícia Militar de Bela Vista –, o sargento Angelucio Recaldi Peniagua – comandante do 2º Grupamento da Políciai Militar de Guia Lopes da Laguna – e o sargento Jhondnei Aguilera – comandante do 1º grupamento de Boqueirão – foram outros comandantes presos durante a operação.

Os sargentos Anderson Gonçalves de Souza – na reserva remunerada –, Claudomiro de Goez Souza, Clayton de Azevedo – com 30 anos de corporação –, Everaldo Marques da Silva, Nazario da Silva e Ricardo Campos de Figueiredo; os cabos Aparecido Cristiano Fialho, Ivan da Silva, Nilson Procedônio Espindola – recém-aprovado no curso de sargento –, Roni Lima Rios e Valdson Gomes de Pinho; os soldados Ivan Edemilson Cabanhe, Lisberto Sebastião de Lima, Marcelo de Souza Lopes e Nestor Bogado Filho; e o subtenente Elvio Barbosa Romeiro completam a lista de dos 21 presos na operação.

Um “destaque” para o sargento Ricardo Campos de Figueiredo, que já atuou no Departamento de Operações de Fronteira (DOF), foi promovido duas vezes por “ato de bravura” e era segurança da governadoria.