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Policial

Policial preso diz que 'olhava e deletava' pornografia infantil; Justiça de MS o manteve na cadeia

Suspeito conversou de maneira informal e depois prestou depoimento na corregedoria, acompanhado do advogado.

G1

18 de Maio de 2018 - 14:33

A Justiça manteve na cadeia o investigador preso durante operação contra pornografia infantil, deflagrada nessa quinta-feira (17), em todo o país. Segundo a delegada Rosely Molina, corregedora geral da Polícia Civil, em Mato Grosso do Sul, o suspeito alegou informalmente que 'recebia do nada, olhava e deletava' o conteúdo.

"Ele conversou de maneira informal e depois prestou depoimento, acompanhado do advogado dele. Vamos inclusive verificar o teor de tudo o que foi dito por ele. O policial vai responder criminalmente e também a um procedimento administrativo", afirmou ao G1 a delegada.

O servidor, que teve a prisão preventiva decretada, já atuou no município de São Gabriel do Oeste. Na capital sul mato-grossense, trabalhou na Delegacia Especializada em Repressão a Crimes de Defraudações e Falsificações (Dedfaz) e, por último, na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Centro.

Outros dois homens também passaram por audiência e permaneceram presos. Um suspeito pagou fiança de quase R$ 4 mil e foi liberado ontem. O indiciamento dos envolvidos é por armanezanar conteúdo de sexo explícito envolvendo menores, conforme o Estatuto da Criança e o Adolescente (ECA).

"Todos os envolvidos compartilhavam e armazenavam, além de alguns estarem em posse de munições. São flagrantes que ainda estão sendo sedimentados e os colegas do interior também estão trabalhando", explicou na ocasião a delegada Marília de Brito, titular da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e o Adolescente (Depca).

Ao todo, 56 policiais estiveram envolvidos na ação em Mato Grosso do Sul, fazendo buscas em Campo Grande, Glória de Dourados e Dourados, na região sul do estado. Um dos primeiros a ser preso foi um homem de 27 anos, que mora no bairro Coophavila e outro no Chácara Cachoeira.

Brasil todo

A operação envolve cerca de 2,6 mil policiais civis em todo o páis. O objetivo é cumprir mais de 500 mandados de busca e apreensão de arquivos com conteúdos relacionados a crimes de exploração sexual contra crianças e adolescentes. Quem for pego com posse dessas mídias é preso em flagrante.

Os alvos foram identificados pela Diretoria de Inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública, com base em elementos informativos coletados em ambientes virtuais, que apresentavam indícios suficientes de autoria e materialidade delitiva.