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Sidrolândia

Com recurso disponível desde 2017, enfim projeto da rede de água no Terra Solidária vai à licitação

A rede encanada é uma reivindicação desta comunidade de 31 famílias que desde 2002, portanto há 16 anos, espera pela melhoria.

Flávio Paes/Região News

19 de Agosto de 2018 - 20:35

Com recurso disponível desde 2017, enfim projeto da rede de água no Terra Solidária vai à licitação

Há duas semanas a superintendência regional da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) autorizou a Prefeitura licitar a implantação da rede de água do Assentamento Terra Solidária, que desde janeiro de 2017, tem recursos viabilizados por meio de emenda parlamentar da deputada Tereza Cristina, no valor de R$ 500 mil. A rede encanada é uma reivindicação desta comunidade de 31 famílias que desde 2002, portanto há 16 anos, espera pela melhoria.  

A versão inicial do projeto teve que ser refeita porque a obra foi orçada R$ 637 mil, exigindo uma contrapartida do município de R$ 137 mil, que a Prefeitura não tem condições de arcar. Foram feitas adequações para a reduzir o custo para R$ 510 mil, reduzindo para R$ 10 mil o desembolso de recursos próprios. Serão instalados 10 quilômetros de rede, reservatório, 64 ligações (32 para atender a agrovila onde foram construídas e a outra metade nas lavouras). 

O Terra Solidária foi implantado pelo Governo do Estado em 2002, na administração Zeca do PT. Surgiu com uma proposta diferencial de lavouras coletivas defendidas pelo MST, mas o compartilhamento de produção não deu certo e optou-se pelo modelo tradicional, com lotes individualizados (entre 18 e 22 hectares). 

Há 12 anos a Funasa furou poço com 200 metros de profundidade, que registra uma vazão média de 60 mil litros de água por hora com a bomba instalada a 40 metros.   

Sem a rede, muitas famílias perfuraram poços e outras recorrem ao córrego que atravessa a propriedade. A água encanada vai custar uma taxa mensal de R$ 30,00 a R$ 40,00, valor para cobrir os gastos com energia elétrica.  

Segundo o presidente da associação que representa os assentados, Wilson Silva, os parceleiros tem uma produção diversificada, principalmente, leite, verdura e agora, muitos estão se dedicando ao cultivo de mandioca. Foi firmada parceria com uma indústria de Campo Grande que está construindo um galpão para beneficiar a mandioca, descascar, cortar em pedaços e até embalar.  

Em contrapartida oferece a garantia de compra da produção de 40 hectares de lavoura. Quem não quiser vender para  a empresa, paga uma taxa para usar a estrutura de beneficiamento.  

Wilson, que chega a produzir 120 litros de leite por dia (vendidos para o Laticínio Imbaúba), planeja usar a casca da mandioca para triturar e reforçar a alimentação do gado.