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Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Quinta, 28 de Março de 2024

Wilson Aquino

Se importe mais

Tudo de que precisamos é fazer! tomar iniciativa de executar aquilo que o Espírito inspira e o coração manda que façamos.

Wilson Aquino

04 de Dezembro de 2018 - 13:30

Em tempos normais, inclusive neste período de Natal, existem muitas maneiras pelas quais podemos demonstrar que nos importamos com nosso próximo, parentes, amigos, colegas, conhecidos e até desconhecidos. Podemos dizer, escrever, registrar, compartilhar, orar, assar, cantar, abraçar, tocar, plantar, limpar, presentear ou doar. Tudo de que precisamos é fazer! tomar iniciativa de executar aquilo que o Espírito inspira e o coração manda que façamos.

Muitas vezes tudo o que uma pessoa precisa para permanecer e continuar firme no caminho da vida é de alguém de bom coração que faça para ela qualquer desses verbos de ação mencionados. Tão pouco para nós que até por conta dessa simplicidade, achamos desnecessário e não o fazemos. Enquanto que para o próximo, pode ser de vital importância sentir que alguém se importa.

Os tempos estão cada vez mais difíceis e a tendência é continuar assim ou pior. As causas são as mais diversas em todo lugar e vão desde má gestão pública, econômica e social até a fatores naturais provocados pelo excesso ou escassez das chuvas, do vento, da altas e baixas temperaturas. Mais do que nunca o homem precisa de Deus, Senhor de todas as coisas, e do próprio homem que deveria melhor se ajudar.

Se importar mais com nosso próximo é, segundo as Escrituras Sagradas, o segundo grande mandamento de Deus: “amar ao próximo como a ti mesmo”. O primeiro, como todos sabem, é amar ao Senhor acima de todas as coisas.

Mesmo com todas as dificuldades que atravessamos, se acreditamos em Deus e em seus mandamentos, podemos sim fazer mais pelo nosso próximo. Podemos fazer muito com nossas próprias palavras, levando mensagens de esperança, de paz, de amor, de tranquilidade.

Ao contrário disso, lamentavelmente observamos por exemplo, em grupo de jovens e mesmo de adultos, que o comum nas rodas de conversas é a utilização de assuntos fúteis, improdutivos e isso quando não pegam um dos membros do próprio grupo para servir de chacota para os demais. Como é difícil numa roda de pessoas alguém se levantar e enaltecer as qualidades do outro.

Aliás, esse ato deveria ser um procedimento comum das pessoas sobre seu próximo. Sabemos que existem tantos talentos, qualidades, habilidades nas pessoas que não custaria para absolutamente ninguém abrir a boca para tecer um elogio, um reconhecimento das virtudes do próximo ou por uma palavra ou ação por este desenvolvida.

Além de falar, podemos também ter a habilidade de ouvir as pessoas. Ouvi-las de fato, atentos e olhando nos olhos da pessoa, demonstrando real interesse em conhecer seus lamentos, desabafos, tristezas e alegria inclusive. Essa habilidade nem sempre a cultivamos, inclusive dentro de nossa própria casa, com nossos cônjuges e filhos. Sempre é tempo de refletir, de nos auto analisarmos e nos esforçarmos por mudanças, para que possamos ser pessoas melhores para nós mesmos e para nosso próximo.

Esse período natalino ao qual entramos agora, inspira a solidariedade, a bondade, a fraternidade. Que o homem possa entesourar em seu peito essas virtudes de tal forma que ele passe os demais 11 meses do ano emanando essas qualidades em seus atos e ações no dia a dia e em todo e qualquer lugar, para todo e qualquer indivíduo.

No ambiente de trabalho, por exemplo, podemos nos atentar e procurar conhecer de fato aquela pessoa que trabalha a meses e até a anos ao nosso lado. Vivemos numa correria egoísta de tal forma que muitas vezes nem sabemos quase nada da vida pessoal e espiritual dessa pessoa. Não conhecemos sua família, seus filhos e sequer a própria pessoa, porque não procuramos saber quem elas realmente são.

E muitas dessas pessoas que vivem ao nosso redor, carregam pesados fardos e clamam em choro contido, por um ombro amigo para que tenham forças para continuar. Insensíveis e egoístas, continuamos nossa jornada como se não fosse de nossa conta a dor e o sofrimento daqueles que vivem ao nosso lado e que na verdade, são nossos irmãos.

Que neste Natal, em que se deveria comemorar com mais alegria e gratidão o nascimento de Jesus Cristo, nosso Salvador e Redentor, possamos nos espelhar na Sua vida aqui na Terra e seguir o Seu exemplo de infinita bondade, caridade e amor ao próximo. (Inspirado na Liahona de dezembro).