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Política

Vereador suspeita de pagamentos a empresa da família do vice-prefeito, coleta documentos para propor CPI do Transporte

Vereador Cledinaldo Cotócio pretende apresentar proposta para formar uma CPI para investigar gastos do transporte escolar.

Flávio Paes/Região News

21 de Fevereiro de 2019 - 10:19

Vereador suspeita de pagamentos a empresa da família do vice-prefeito, coleta documentos para propor CPI do Transporte

O vereador Cledinaldo Cotócio está coletando documentos e levantando dados para subsidiar a proposta que pretende apresentar na Câmara Municipal, da formação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os gastos da Prefeitura com o transporte escolar, um serviço que tem um custo anual de R$ 8 milhões aos cofres públicos.

Em pronunciamento na Câmara e em manifestações pelas redes sociais, o vereador, com base em documentos que diz ter recebido, viu indícios de superfaturamento e pagamentos irregulares em favor da empresa pertencente ao padrasto do vice-prefeito, Wellison Muchiutti, que isoladamente, teria um faturamento anual de quase R$ 1 milhão, mais de 12% das despesas do município com o transporte de alunos.

Nesta quinta-feira, em companhia de um assessor, o vereador (que trabalhou como fiscal do transporte) saiu a campo para verificar in loco se os ônibus da empresa sob suspeita estão de fato cumprindo o trajeto integral das linhas em que é responsável pelo transporte. Cledinaldo questionou especialmente o fato de a Prefeitura estar pagando mais de R$ 10,00 por quilômetro num dos itinerários.

“Temos que ajudar o prefeito a fiscalizar o serviço e com isto, economizar recursos que estão faltando para manutenção das nossas escolas”, diz o vereador. Após mostrar disposição de iniciar uma investigação sobre os gastos com o transporte escolar, vem sendo duramente criticado nas redes sociais por familiares do vice-prefeito. “Não vou me intimidar, pretendo cumprir com uma das minhas prerrogativas como parlamentar, que é a de fiscalizar a aplicação do dinheiro público”.

O presidente da Câmara, Carlos Henrique, garantiu que se houver um fator determinado, documentos que mostrem indícios de qualquer irregularidade nos pagamentos do transporte escolar, o legislativo não vai se furtar de fazer uma apuração criteriosa. “Com base nos documentos que o vereador Cledinaldo apresentar, vamos definir junto com os demais colegas, qual instrumento mais adequado, se uma CPI ou uma comissão especial”, informa.