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Política

Simone vai ficar no MDB, mas quer mudanças na direção nacional

Senadora afirma que quase foi expulsa do partido em nível nacional, porque ficou contra os caciques

Campo Grande News

15 de Março de 2019 - 16:18

A senadora Simone Tebet (MDB) voltou a dizer que vai ficar no MDB, mas que busca mudanças na direção nacional do partido. Ela defende uma renovação, para saída de “caciques”, que segundo a parlamentar, estão atrapalhando o desenvolvimento da legenda. “Percebi que tinha senadores do MDB que estão ao meu lado, seria covardia sair agora”.

Simone disse que após sua posição contra o senador Renan Calheiros (MDB-AL), quase foi expulsa da legenda, mas que percebeu que tinha apoio dentro da legenda. “Praticamente metade dos senadores também concorda que a legenda precisa de mudanças, o que me incentivou a ficar”.

Ela ressaltou que a “cúpula nacional” é bem diferente da base regional do MDB. “Aqui (Mato Grosso do Sul) temos um ambiente democrático, mas lá é diferente sendo dominado pelos caciques. Tive coragem de enfrentar esta situação, porque acredito que a legenda precisa se reencontrar com suas raízes”, disse Simone, durante reunião do diretório regional.

A senadora diz que conseguiu indicação para presidência da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) por apoio de outros partidos e não pelo MDB. “Também fui retirada da suplência da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) pela legenda, mas confio que vamos mudar o rumo em nível nacional”.

Direção regional – Simone também defendeu a permanência de André Puccinelli na direção do partido, até dezembro deste ano, quando está marcada a eleição. “Depois ele vai definir se permanece no comando, ou outras pessoas vão colocar o nome à disposição”.

Ela entende que o partido precisa buscar novas lideranças no Estado, para fortalecer as bases no interior e também na Capital. O deputado Renato Câmara (MDB) inclusive já colocou o nome à disposição, para disputar o comando regional em dezembro. Ele até sugeriu antecipar o pleito para os próximos meses, no entanto a questão não teve apoio da maioria do diretório.