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Policial

Delegado e investigador são presos suspeitos de atirar em traficante ferido dentro de ambulância, diz corregedoria

Polícia Civil investiga o caso há 36 dias. Além das prisões, houve o cumprimento de mandados de busca na casa dos envolvidos e também em delegacia de Corumbá (MS).

G1 MS

29 de Março de 2019 - 13:27

Após 36 dias de investigação da Corregedoria da Polícia Civil, em Campo Grande, um delegado e um investigador foram presos durante ação conjunta da Delegacia Especializada em Repressão à Homicídios (DEH) e a Delegacia Especializada em Repressão a Roubos à Bancos, Assaltos e Sequestros (Garras).

"Nós fizemos um pedido de prisão temporária para apurar as reais circunstância do que aconteceu naquele dia. A investigação possui elementos para fazer esse pedido. Não será divulgado o que foi feito, neste momento. Está ocorrendo a apuração na Bolívia porque lá houve uma tentativa, a vítima foi ferida a faca e aqui foi concluído, com ele sendo atingido por tiros", afirmou ao G1 a delegado corregedora-geral da Polícia Civil, Rosely Molina.

Os policiais saíram por volta da meia-noite, com destino a Corumbá. Foram ao todo 3 equipes do Garras. Além das prisões, eles também cumpriram 3 mandados de busca e apreensão, tanto na casa dos suspeitos, como na delegacia.

O delegado Fernando Araújo da Cruz Júnior, formado na turma de 2014, ainda conforme a corregedoria, atuou por diversas vezes em Corumbá. Atualmente, ele estava como titular na Delegacia da Infância e Juventude (DAIJ).

Já o investigador Emannuel Nicolas Conttis Leite estava trabalhando na 1ª delegacia do município. No entanto, logo após o crime, ele havia solicitado transferência para a mesma unidade onde estava atuando o delegado e, há pouco dias, atuava naquele local.

Até o momento, não há informações sobre a defesa dos suspeitos. "Assim que os policiais finalizarem as buscas na cidade, virão para Campo Grande, direto para corregedoria, com o delegado e o investigador", explicou Molina.

Entenda o caso

O boliviano identificado como Alfredo Rengel Weber, de 48 anos, foi morto a tiros quando seguia em uma ambulância, no dia 23 de fevereiro deste ano. Ele seguida da cidade de Puerto Suarez com destino a Corumbá, por volta das 22h (de MS), quando houve a abordagem.

Antes, ainda conforme a polícia, a vítima havia sido esfaqueada no país vizinho e era transportada na viatura. Após atravessar a fronteira, a ambulância teria sido parada por outro carro próximo ao pedágio desativado, em frente à sede da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Em seguida, um homem desceu, abriu as portas da viatura e fez os disparos de arma de fogo contra o boliviano.

Segundo a investigação, o crime teria ligação com o tráfico internacional de drogas.