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Policial

Carro encontrado queimado pode ter sido usado em homicídio

Matheus Xavier foi morto a tiros de fuzil na noite de ontem (9)

Correio do Estado

10 de Abril de 2019 - 16:13

Um veículo Onix foi encontrado queimado em uma estrada vicinal, próximo à rodovia MS-040, em Campo Grande, na tarde desta quarta-feira (10). A suspeita é que o carro tenha sido usado no assassinato de Matheus Xavier, de 20 anos, ontem (9), no Jardim Bela Vista, também na Capital.

Conforme apurado pela reportagem, a estrada fica aos fundos do Aeroporto Santa Maria e o que sobrou do carro foi encontrado por proprietários de áreas do entorno, que acionaram a polícia.

Equipes da Delegacia de Repressão a Roubos, Assaltos e Sequestros (Garras), da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios (DEH), que investiga o caso, da 4ª Delegacia de Polícia Civil e da Perícia estavam no local.

CASO

Matheus Xavier, filho de um capitão aposentado da Polícia Militar, sofreu um ataque e foi morto a tiros de fuzil no momento em que saía de casa em uma caminhonete S10, no início da noite de quarta-feira (9), no Jardim Bela Vista, região central de Campo Grande.

Segundo a polícia, o garoto deixava a garagem da residência no veículo quando dois homens lhe surpreenderam e já desceram do carro atirando. A vítima foi atingida ao menos sete vezes utilizando um fuzil calibre ponto 762, de acordo com o apontado pela perícia.

Os bandidos fugiram após os disparos. Ninguém fora reconhecido até a publicação desta reportagem.

Na apuração inicial do caso, foi descoberto que Matheus retirava o carro para que o pai, capitão Paulo Roberto Teixeira Xavier, pudesse sair com seu Ford Ka. Na avaliação dos investigadores da Polícia Civil, ele é quem era o alvo e os executores confundiram os veículos.

Na avaliação do delegado Fábio Peró, da Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Resgate a Assaltos e Sequestros (Garras), responsável pelas investigações iniciais do caso, o método de atuação é muito semelhante ao de outros casos registrados, como o do coronel aposentado da PM Ilson Martins de Figueiredo, 62 anos, executado em junho de 2018, e Orlando da Silva Fernandes, 41, ex-segurança do traficante paraguaio Jorge Rafaat e que foi morto com mais de 40 tiros de fuzil quatro meses depois. Foram pelo menos seis execuções com armas de grosso calibre só na Capital em 2018 com o mesmo modo de atuação.

“É um fuzil de calibre restrito (usado na execução de Matheus), realmente tem um poder de impacto muito grande e há uma coincidência realmente com outros fuzilamentos que tiveram na Capital”, disse o delegado.