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Policial

Ação policial na região sul de MS prende chefes de facção criminosa que atuavam no tribunal do crime

Polícia identificou 11 envolvidos ao instaurar inquérito para apurar morte de vítima asfixiada. Um deles continua foragido.

G1 MS

20 de Maio de 2019 - 08:57

A Polícia Civil de Naviraí, na região sul do estado, cumpriu 10 mandados de prisão contra chefes de uma facção criminosa. Eles atuavam no tribunal do crime, alguns de dentro da cadeia e outros executando as ações do lado de fora, conforme a investigação da 6ª fase da Operação Osíris. Um ainda continua foragido.

No dia 16 de março deste ano, por volta das 10h30 (de MS), o cadáver de um homem foi encontrado em um terreno baldio na avenida Caarapó, sendo ele posteriormente identificado. Com as buscas, os policiais constataram que o crime foi praticado por uma organização criminosa que fez a vítima refém, sendo ela posteriormente punida com julgamento e morte.

Durante a operação, os três mandantes do crime, que inclusive estava na cadeia na ocasião, foram novamente presos. Em seguida, houve a identificação do outro em Nova Alvorada do Sul, assim como de outras seis pessoas que foram presas, com o apoio do Serviço de Investigações Gerais (SIG) e Força Tática do município, além de policiais de Mundo Novo.

Com a prisão dos envolvidos decretada, os policiais também acharam o carro usado para ocultar o cadáver do homem encontrado morto. A perícia criminal encontrou inclusive vários vestígios de sangue. Ao G1 o delegado Thiago Lucena ressaltou que as buscas começaram por volta das 6h e devem continuar, já que a polícia se outros homicídios ocorreram da mesma forma na cidade.

Osíris

O nome é uma referência da mitologia egípcia que é o Deus do julgamento e relaciona-se com a vida a essa divindade que foi atribuído o trabalho de julgar os mortos. Sendo semelhante como a facção age, julgando seus rivais e condenando-os à morte.

Os presos responderam pelos crimes de: organização criminosa, tortura majorada pelo sequestro, homicídio qualificado por asfixia, motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima e ocultação de cadáver. Se condenados, a pena máxima pode ultrapassar a 50 anos de prisão.