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Economia

Conta de luz volta a ficar mais cara no mês que vem

Com anúncio de nova bandeira tarifária, conta de energia elétrica, que já teve reajuste em abril, terá aumento em junho.

Correio do Estado

23 de Maio de 2019 - 14:09

Além de pagar 12,39% mais caro pela tarifa de energia elétrica desde abril, após reajuste autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) à concessionária do serviço em Mato Grosso do Sul, a Energisa MS, consumidores do Estado vão receber a partir do dia 1º de junho as contas de luz com a bandeira tarifária também reajustada. A alta pode chegar a 50%, dependendo da cor da bandeira que for anunciada para o próximo mês.

A elevação nos custos da bandeira tarifária consta de resolução aprovada nesta terça-feira (21) pela Aneel e de acordo com a proposta, o maior índice de reajuste foi para a amarela, que passará de R$ 1 para R$ 1,50 a cada 100 kilowatts-hora, uma alta de 50%. O valor da bandeira vermelha 1 passou de R$ 3 para R$ 4, aumento de 33,3%, enquanto o patamar 2 da bandeira vermelha foi de R$ 5 para R$ 6, elevação de 20%. Segundo a agência, a alteração foi especialmente motivada pelo déficit hídrico do ano passado, que reposicionou a escala de valores das bandeiras.

Depois de quatro bandeiras tarifárias consecutivas na cor verde neste ano (de janeiro a abril), neste mês está vigorando a bandeira amarela — com custo de R$ 1,00 a cada quilowatt/hora consumido. Conforme informações da agência, maio é o mês de início da estação seca nas principais bacias hidrográficas do Sistema Interligado Nacional (SIN) e embora a previsão hidrológica para o mês indique tendência de vazões próximas à média histórica, o patamar da produção hidrelétrica já reflete a diminuição das chuvas, o que eleva o risco hidrológico (GSF), motivando o acionamento da bandeira amarela.

Em 2018, o consumidor brasileiro recebeu a conta de energia elétrica com a bandeira verde em cinco meses: janeiro, fevereiro, março, abril e dezembro. A modalidade amarela ficou em vigor por duas vezes, maio e novembro, enquanto entre junho a outubro, foi vermelha no patamar 2.

Quando considerados somente os meses de junho, o patamar foi vermelho em 2015 e verde em 2016 e 2017. O sistema de bandeiras tarifárias foi adotado pela Aneel em 2015 e a primeira revisão dos custos ocorreu em 2017.

COMO FUNCIONA

O sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo real da energia gerada, possibilitando aos consumidores o bom uso da energia elétrica. O funcionamento é simples: as cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração.

O custo que determina a bandeira a ser adotada depende das condições do nível dos reservatórios. Quando eles estão cheios a bandeira é verde, mas quando chega o período da estiagem os reservatórios diminuem o seu volume de água e a geração de energia fica mais cara com acionamento das térmicas. É neste momento que passam a vigorar as bandeiras amarela e vermelha nas contas de luz, conta que vai direto para o bolso do consumidor.