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Policial

Polícia identifica mulher asfixiada, queimada e jogada as margens de rodovia

Após 2 anos de investigação, a Polícia Civil de Maracaju conseguiu reconstruir o enredo que cercou o assassinato.

Flávio Paes/Região News

13 de Junho de 2019 - 13:27

Finalmente, transcorridos mais de dois anos do crime, a Polícia Civil de Maracaju conseguiu elucidar um homicídio em que o corpo da vítima foi deixado carbonizado às margens da MS-162. Desde abril estão identificadas e presas as duas acusadas do homicídio, mas só nesta quarta-feira após consulta a vários institutos de identificação, a partir da confrontação de impressão datiloscópica, a vítima foi identificada. Trata-se de Lídia Ferreira de Lima, que na época da sua morte tinha 61 anos.

Após dois anos de investigação, a Polícia Civil de Maracaju conseguiu reconstruir o enredo macabro que cercou o brutal assassinato. As duas acusadas são de Sidrolândia, Karina Beatriz Ferreira, 45 anos, merendeira da Escola Estadual Catarina de Abreu, que foi candidata a vereadora em 2016 e Sherry Silva Maciel, que foi presidente do diretório municipal do PC do B.

Karina conheceu Lídia Ferreira num centro de candomblé, a vítima passava por um momento difícil porque havia perdido a mãe pouco antes. Karina convenceu a idosa que tinha poderes mediúnicos, sendo capaz de incorporar o espírito de pessoas que morreram. Na expectativa de que conseguiria manter contato com a mãe morta, Lídia acabou vindo para Sidrolândia morar na casa de Karina onde conforme a polícia apurou, viveu por dois anos, praticamente em cárcere privado, trancada num quarto.

A suspeita se apossou do cartão de aposentadoria e da senha da vítima passando a receber os benefícios. Estaria também interessada em se apropriar dos bens herdados por Lídia Ferreira.

No início de 2017 familiares de Lídia (residentes em Maracaju) revolveram entrar na Justiça para pedir a interdição dela. Como perderia o acesso a aposentadoria da vítima, Karina em conluio com Sherry Silva, deu um remédio para a vítima dormir, envolveram o corpo dela num plástico filme, matando-a por asfixia. Colocaram num carro, jogaram às margens da MS-162 (perto de Maracaju) e atearam fogo para dificultar a identificação do cadáver. (Com informações Maracaju Speed).