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Política

Advogada que bateu boca com Bolsonaro em 2016 é a mais votada em lista para o TSE

Daniela Teixeira recebeu votos de 10 ministros do STF; indicação cabe a Bolsonaro.

G1

26 de Junho de 2019 - 16:47

Advogada que bateu boca com Bolsonaro em 2016 é a mais votada em lista para o TSE

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) elegeram nesta quarta-feira (26) a lista tríplice com indicações para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A mais votada da lista foi a advogada Daniela Teixeira, que recebeu votos de dez dos 11 ministros do STF.

A lista tríplice será enviada ao presidente Jair Bolsonaro, a quem cabe escolher os ministros do TSE.

Também compõem a lista os advogados Marçal Filho, que recebeu votos de nove ministros, e Carlos Velloso Filho, que obteve votos de oito ministros. Pela Constituição, Bolsonaro deve escolher um dos três.

Bate-boca com Bolsonaro

Em setembro de 2016, Daniela Teixeira participou de uma audiência na Câmara dos Deputados que discutia o combate à cultura do estupro.

Em nome da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Daniela Teixeira afirmou na sessão que, enquanto os agressores não forem punidos, a violência não vai diminuir. Em seguida, disse que a punição deve ser aplicada "seja quem for" o agressor. Nesse instante, citou "um deputado que é réu, sim, numa ação já recebida no STF".

À época deputado federal, Bolsonaro se dirigiu a ela fora dos microfones e esbravejou: "Aponta o nome dele!".

"É o senhor, Jair Bolsonaro, réu no inquérito já admitido pelo STF", respondeu Daniela Teixeira.

Na ocasião, a resposta da advogada gerou tumulto. Bolsonaro se dirigiu à Mesa Diretora, onde estava a deputada Maria do Rosário (PT-RS), que presidia a sessão, e passou a exigir direito de resposta. Alguns deputados chegaram a segurá-lo, e Maria do Rosário pediu à segurança que se dirigisse ao local.

Os ânimos se exaltaram, e Maria do Rosário decidiu suspender os trabalhos por alguns minutos em razão da gritaria.

Quando recebeu o direito de resposta, Bolsonaro subiu à tribuna e afirmou que a sessão era um "desserviço à mulher vitima de violência".