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Policial

Filho de sargento executado jogou o lixo antes de ser achado morto

Oeliton Figueiredo, 44 anos, foi encontrado do lado externo do condomínio onde vivia, no São Francisco

Campo Grande News

01 de Julho de 2019 - 15:07

Na parede do muro do condomínio onde morava o tenente-coronel Oeliton Santana de Figueiredo, de 44 anos, ainda há marcas de sangue, perto do local onde ele foi encontrado morto na manhã desta segunda-feira, com um tiro na cabeça e a arma em uma das mãos. Segundo o Campo Grande News apurou, Oeliton chegou ao local, desceu do carro, levou saco de lixo até os contêineres do local, passou pela guarita de entrada e, minutos depois, o barulho do disparo foi ouvido, do lado externo do imóvel.

Foi um motorista de aplicativo que passava pelo local, no bairro São Francisco, quem viu o policial caído e avisou no condomínio, de acordo com a apuração. A partir daí, polícia e equipes de socorro foram acionados. Uma testemunha ouvida pela reportagem definiu que o som ouvido pareceu um “andaime caindo”. O corpo estava a pouco mais de 10 metros do condomínio.

Na residência, segundo apurado, estão familiares, dando apoio à esposa de Oeliton. Ninguém quis falar com a imprensa. A reportagem recebeu informações de que o tenente-coronel passava por problemas com depressão, principalmente após o falecimento do pai, e que estaria em processo de separação.

Ainda não há definição sobre onde serão os funerais.

Histórico - O tenente-coronel era filho do sargento reformado da PM Ilson Martins Figueiredo, executado a tiros de fuzil AK 47 no dia 11 de junho do ano passado, na Avenida Guaicurus, aos 64 anos. Também chegou a ser investigado no processo que envolvia fraude processual durante ocorrência envolvendo o policial rodoviário Ricardo HyunSuMoon, no dia 31 de dezembro de 2016, que resultou na morte de Adriano Correia do Nascimento e duas pessoas baleadas. Em junho do ano passado, o oficial e mais dois PMs foram inocentados.

Desde março, o tenente atuava como como assessor no Estado Maior da PM, no comando da corporação. A morte comoveu colegas. A ACS (Associação e Centro Social dos Policiais Militares e Bombeiros Militares de Mato Grosso do Sul) divulgou nota em que lamenta profundamente a perda.

O militar estava na corporação desde 1995. Segundo o texto da entidade, Oeliton deixa esposa e três filhos.