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Política

Ciro Gomes defende candidatura de Dagoberto para prefeitura da Capital

Líder do PDT dá palestras e participa de encontro do partido nesta sexta-feira, em Campo Grande.

Campo Grande News

16 de Agosto de 2019 - 17:07

Ciro Gomes defende candidatura de Dagoberto para prefeitura da Capital

Em dia movimentado com palestras e reuniões em Campo Grande, Ciro Gomes (PDT) saiu em defesa do colega de partido e deputado federal Dagoberto Nogueira como candidato à prefeitura de Campo Grande no próximo ano.

“Tem experiência, preparo e conduta para conduzir uma cidade como Campo Grande”, disse o líder do PDT e terceiro colocado na disputa presidencial em 2018.

Dagoberto acompanha Ciro Gomes durante a agenda. Ele disse que vai conversar com o partido sobre a possibilidade de encabeçar chapa nas eleições municipais para a Capital, mas ainda não há definição.

Segundo Gomes, o PDT pode também “unir forças com grupos políticos antagônicos”, a fim de construir nova coalisão de forças em Campo Grande.

Já Dagoberto afirmou que dialoga com lideranças de outros partidos, como André Puccinelli (MDB), para formar aliança e fazer páreo a eventual candidatura à reeleição de Marquinhos Trad (PSD) - apoiado pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB).

Ciro Gomes se reúne com prefeitos, vereadores e outros companheiros de legenda às 14h de hoje, na sede da Anoreg/MS (Associação dos Notários e Registradores de Mato Grosso Sul). O encontro deve definir novos encaminhamentos para as eleições do ano que vem.

Gomes comentou sobre a saída de lideranças regionais do partido, caso do juiz aposentado Odilon de Oliveira. Conforme ele, o PDT está aberto para recrutar gente nova, "até sem filtro severo, mas alguns quadros não se adaptam às normas empregadas".

Eleições 2022 – Com 12,47% dos votos no primeiro turno do pleito para presidência no ano passado, Gomes reforçou que ele e o PDT têm grandes chances de voltar ao páreo em 2022. O líder político projeta que Jair Bolsonaro (PSL) e provável candidato do PT terão 25% dos votos cada. Seu desafio seria conquistar os 50% “órfãos”, disse.

O pedetista também rechaçou a possibilidade de integrar aliança de esquerda nas eleições de 2022. “O Brasil não cabe na esquerda. Somos um País heterogêneo, de católicos, evangélicos, trabalhadores rurais. Não vou participar de nenhum gueto de esquerda”, cravou.

Gomes ainda aproveitou para disparar críticas ao presidente Jair Bolsonaro, a quem classificou como “homem tosco, que desviava dinheiro público por meio de funcionários fantasmas, e de qualidade deplorável”.

Para o líder do PDT, Bolsonaro só foi eleito devido ao crescimento de figuras neoliberais em todo Mundo, impulsionado pela negação do eleitorado a partidos como PT e PSDB e também pelo sentimento de antipetismo após 13 anos de Lula e Dilma Rousseff no poder.

“Foi a tempestade perfeita para surgir uma personalidade como a de Bolsonaro. Na próxima eleição, a população não pode cultuar uma pessoa, e sim escolher projeto de governo”, concluiu.

Ainda hoje, Ciro Gomes se encontra com movimentos sociais e palestra na Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul).