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Policial

Em oito meses, polícia apreende o dobro de cocaína do ano passado

Apreensões da Polícia Federal e PRF chegaram a 5,5 toneladas de janeiro a agosto; em 2018 foram 2,7 toneladas.

Campo Grande News

05 de Setembro de 2019 - 15:46

As apreensões de cocaína feitas pela Polícia Federal e PRF (Polícia Rodoviária Federal) de janeiro a agosto deste ano superam em 200% o volume retido no mesmo período de 2018. Conforme balanço divulgado nesta quinta-feira (5) pela Superintendência da PF, a contabilidade de toda a droga apreendida nos procedimentos cartorários revela mais que o dobro de cocaína e apreensões de maconha abaixo do ano passado.

Foram apreendidas 5,58 toneladas de cocaína e 45,44 toneladas de maconha nos oito primeiros meses deste ano. Já em 2018, no mesmo período, foram contabilizadas 2,74 toneladas de cocaína e 59,30 toneladas de maconha.

As apreensões de cocaína neste ano já superam as 4,13 toneladas dos 12 meses de 2018. O volume também é maior que todas as apreensões anuais de cocaína de 2015 até gora.

Já as apreensões de maconha se mantêm na média desde 2015, com exceção de 2017, quando foi apreendido o dobro do ano anterior. No ano passado foram 84,63 toneladas de maconha nos 12 meses.

Em 2017, foram 3,12 toneladas de cocaína e 162,7 toneladas de maconha registradas nos procedimentos de cartório da PF. No ano anterior, 3,72 toneladas de cocaína e 83,4 toneladas de maconha. Em 2015, PF e PRF apreenderam 4,47 toneladas de cocaína e 71,57 toneladas de maconha em Mato Grosso do Sul.

Rota dos grãos - Para policiais que atuam no combate ao tráfico de drogas na fronteira, o aumento das apreensões se deve à nova rota da cocaína operada por grupos locais e facções presentes na Linha Internacional.

Antes limitada à região de Corumbá, a cocaína produzida na Bolívia agora entra em território brasileiro pelo Paraguai, principalmente escondida em fundos falsos de caminhões carregados com milho e soja a granel.

Em maio deste ano, na série de reportagens “MS nas mãos do crime”, o site mostrou que a estratégia de esconder cocaína no fundo dos caminhões há muito tempo era usada por traficantes locais e foi copiada pelas facções para mandar a droga aos morros cariocas, às grandes cidades paulistas e até ao exterior através dos portos.