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Sidrolândia

Com aumento de 64% na produtividade, Sidrolândia retoma segundo lugar na produção de milho safrinha

Sidrolândia conseguiu retomar a segunda posição na produção estadual da cultura, que havia perdido para Dourados.

Flávio Paes/Região News

10 de Outubro de 2019 - 13:25

Os números finais da safra de milho safrinha, divulgados nesta semana pela Aprosoja (Associação dos Produtores de Mato Grosso do Sul), mostram que Sidrolândia conseguiu retomar a segunda posição na produção estadual da cultura, que havia perdido ano passado para Dourados. O tempo ajudou, ao contrário de 2018 quando a seca reduziu drasticamente a produtividade.

Mesmo com a queda da área plantada (de 187.356,61 hectares para 182.287,07), em função do aumento de 64% na produtividade (de 59 para 96,8 sacas por hectares), a produção do município saltou de 663.242 tonelada para 1.058.704,59 toneladas, perdendo apenas para Maracaju, que se mantém na liderança, com 99,52 sacas por hectare, tendo colhido em 254.989.56 hectares cultivados, 1.517.034,71 toneladas.

Dourados que garantiu o segundo lugar no ranking na safra passada (91 sacas de produtividade, em 160 mil hectares cultivados colheu 874 mil toneladas), agora ficou em terceiro, aumentou sua produtividade (chegou a 97,1 sacas por hectare), em 154 mil hectares plantados, colheu 900 mil toneladas, menos que Sidrolândia (onde foram colhidos 1.058.704,59 toneladas) numa área 30 mil hectares maior.

A produtividade surpreendeu até mesmo pequenos produtores como Clayton Straub, que em 300 hectares conseguiu obter 91 sacas por hectare, bem mais que as 53 sacas do ano passado. Ele já comercializou sua produção (a R$ 26,70 a saca) e começou a plantar a próxima safra de soja.

A produtividade de Sidrolândia superou a média estadual (93,23 sacas por hectare), junto com Alcinópolis, Chapadão do Sul, Costa Rica, São Gabriel do Oeste, Rio Negro, Aral Moreira, Cassilândia, Coxim, Sonora, Naviraí, Nova Andradina, Maracaju, Caarapó, Dourados, Itaporã, Paraiso das Águas, Amambai e Laguna Caarapã. O melhor resultado foi o de Alcinópolis, um município que está sendo introduzida agora (só tem 5.200 hectares plantados), onde se colheu 133,8 sacas por hectare.

Recorde

Mato Grosso do Sul teve uma safra recorde de milho com a colheita de 12,16 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 64,39%, em relação ao ano anterior, que foi de 7,84 milhões (toneladas). Estes dados colocam o Estado como terceiro maior produtor do Brasil.

De acordo com os dados do Siga-MS (o Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), criado pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), o aumento da área em que houve o cultivo do milho, foi essencial para se chegar a estes números.

Houve um aumento de 19,88% da área plantada, que teve ajuda também das boas condições do tempo. Segundo o levantamento, se chegou a 93,24 sacas por hectare, bem acima do previsto, que era de 88 sacas. De acordo com o governo, se trata do melhor desempenho registrado no Estado.

“Isso é importante quando estamos procurando aumentar a industrialização, focando na expansão da suinocultura, da avicultura, na implantação de fábricas de DDG (Dried Distillers Grains), ou seja, grãos secos de destilaria”, citou o secretário de Desenvolvimento, Jaime Verruck.

Referência - Para o secretário, Mato Grosso do Sul passou a se tornar referência na produção de milho, inclusive atraindo investimentos que podem “agregar valor” ao produto. O trabalho adotado na exportação, segundo ele, também ajudou para sustentar o preço no mercado interno.