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Sidrolândia

Sindaves rejeita reajuste salarial de 2,55% oferecido pela Seara

O Sindicato reivindica a atualização da inflação medida pelo INPC e mais um ganho real de 1,5%, o que significaria um aumento de 4,55%.

Flávio Paes/Região News

12 de Novembro de 2019 - 14:56

Sindaves rejeita reajuste salarial de 2,55% oferecido pela Seara

Pelo segundo ano consecutivo, a negociação salarial entre a JBS e o Sindicato dos Trabalhadores (o Sindaves) deve ser complicado. Os dirigentes sindicais rejeitaram a proposta inicial da empresa que ofereceu reajuste de 2,55%, elevar em 2021 a participação nos lucros de R$ 900 para R$ 950,00, além da exclusão do benefício da cesta básica (transformada num cartão de compras de R$160,00).

O Sindicato reivindica a atualização da inflação medida pelo INPC e mais um ganho real de 1,5%, o que significaria um aumento de 4,55%. Na quinta-feira está prevista a rodada de negociação com o Frigorífico Balbinos.

Ano passado a negociação se arrastou até janeiro, porque a proposta da empresa (4% para os funcionários e reajuste de 5% do piso) foi rejeitada pela assembleia geral, numa votação apertada. De um total de 1.106 votantes, 544 votaram "não" (rejeitaram a proposta) e 544 "sim" (aceitaram a proposta), seis optaram por anular o voto e cinco votaram em branco. Percentualmente, houve um empate técnico, já que a posição majoritária (o "não") representou 50,4%, enquanto o sim, teve 49%, ficando 0,6% entre nulos e brancos. A possibilidade de greve chegou a ser cogitada.

Os funcionários questionaram os índices diferenciados (5% de reajuste no salarial inicial e 4% para quem tem mais tempo de casa) que representariam um incremento financeiro efetivo muito pequeno no bolso do trabalhador porque proporcionalmente vão aumentar os descontos, do INSS e do vale transporte (cobrado na base de 3% sobre o piso salarial). O piso aumentaria R$ 54,00, de R$ 1.150,00 para R$ 1.208,00.

A empresa concordou em pagar a participação anual nos lucros (R$ 900,00 por funcionário), para quem tenha uma falta justificada ao longo de um ano. Antes o benefício só era pago para o trabalhador sem nenhuma falta (mesmo se justificada por atestado médico). O funcionário com duas faltas, receberá 75% da participação (R$ 675,00); três faltas (R$ 450,00) e quatro faltas, 25% (R$ 225,00). Só perderia a bonificação financeira o trabalhador com mais de 4 faltas.