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Sidrolandia

Indícios apontam que Adriano repassou dinheiro a traficante, diz MP

Ministério Público quer quebra de sigilo telefônico e bancário de Adriano. MP quer ainda que autorização para escuta telefônica não seja prorrogada

Redação de noticia

04 de Junho de 2010 - 07:56

Depois de ouvir por quase duas horas o jogador Adriano, o Ministério Público afirmou, em nota divulgada à imprensa, que “considera gravíssimos os fatos que põem o jogador como suspeito e que há fortes indícios de que ele tenha repassado dinheiro ao traficante Fabiano Atanásio da Silva, o FB”, líder de uma facção criminosa. Após o depoimento, o jogador não quis falar com a imprensa.

FB é apontado pela polícia como o homem que ordenou o ataque ao helicóptero da PM em outubro de 2009. Três policiais morreram na queda do helicóptero.

No texto, o Ministério Público diz ainda que quer a quebra dos sigilos telefônico e bancário do atacante, como já havia sido pedido à Justiça pela 38ª DP (Brás de Pina). O MP deu um prazo máximo de 60 dias para a polícia concluir as investigações e apresentar o relatório final.

Ainda de acordo com o órgão, o promotor Alexandre Themístocles pediu que a Justiça não prorrogue as autorizações para interceptações telefônicas por acreditar que o recurso não seja mais necessário às investigações e porque fatos sigilosos estariam sendo divulgados para a imprensa.

Depoimento ao MP
Segundo o órgão, no depoimento, Adriano foi questionado sobre seu nível de relacionamento com o traficante, incluindo contatos telefônicos e remessas de dinheiro ou bens a FB, e, ainda, se já colaborou, direta ou indiretamente, com a facção criminosa.

O promotor também perguntou ao jogador que motivos o levaram a posar para fotografias fazendo gestos que representam as iniciais de uma organização criminosa; se vinha sendo vítima de extorsão; se possuía armas de fogo e por que não compareceu à 38ª DP para prestar esclarecimentos.

Polícia também quer ouvi-lo
Segundo a polícia, no entanto, o
depoimento do jogador Adriano ao Ministério Público não o libera de ter que depor na polícia. Em nota, o chefe de Polícia Civil, Allan Turnowski, afirma que ele continua sendo esperado para ser ouvido "em sede policial".

A ideia, segundo o documento, é que sejam esclarecidos "pontos relevantes da investigação policial, dando ao atleta o mesmo tratamento dispensado a todo cidadão".

No inquérito, Adriano é esperado para depor como testemunha numa investigação que apura crimes de tráfico de drogas, associação para fins de tráfico e posse ilegal de arma de fogo praticados por integrantes de uma organização criminosa, que controla o tráfico nas comunidades de Furquim Mendes e Dique, em Jardim América, no subúrbio da cidade.