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Sidrolandia

Em contra-ataque, tucanos dizem que Dagoberto é ficha suja

O deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT) foi alvejado por duras críticas na sessão desta terça-feira da Assembléia Legislativa por parte da bancada do PSDB na Casa.

Redação de noticia

23 de Junho de 2010 - 07:19

As críticas foram motivadas pelas recentes declarações de Dagoberto em visita a ao interior do Estado no fim de semana.

A fuzilaria contra o pedetista foi disparada pelo deputado Ary Rigo (PSDB), que ocupou a tribuna da Assembléia para reagir às críticas feitas pelo seu ex-companheiro de partido.

Para Rigo, Dagoberto não escapa da lei da Ficha Limpa, que pode deixá-lo inelegível por ter sido condenado em dois processos à época em que exerceu cargo público durante o governo de Zeca do PT.

“Ele disse o seguinte: é importante que o PDT faça uma bancada forte de deputados estaduais e federais, para que o Zeca não fique dependendo dessa Assembleia, que está aí podre, do jeito que é”, teria dito Dagoberto, conforme leitura de recorte de jornal feita por Rigo na tribuna.

Rigo ironizou o fato de Dagoberto ter pedido na Justiça Eleitoral o seu mandato e o de Onevan de Matos por terem trocado o PDT pelo PSDB, após pedido de intervenção do diretório nacional no regional.

Ele comentou que desde que deixou o PDT havia prometido que esse assunto estava encerrado, uma vez que foi bem recebido pelo PSDB. No entanto, disse que não poderia se calar depois que foi absolvido pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral), principalmente diante de novos ataques. 

“Esse cidadão jura que vai ser candidato ao Senado, mas foi condenado em ação civil pública, é um ficha suja (sic). Eu nunca fui condenado a nada”, atacou Rigo, que foi socorrido pelos seus colegas de bancada.

Ainda em tom de desabafo, Rigo disse ter o melhor conceito possível da ex-primeira-dama, Gilda dos Santos, mas colocou que ficou estarrecido pelo fato de a esposa de Zeca ter aceitado ser candidata a suplente na chapa de Dagoberto.

Em aparte, Onevan foi mais áspero ao dizer que a intenção de Dagoberto e do presidente de Honra do PDT, João Leite Schimidt, era vender o partido.

“Eles tramaram a intervenção e passaram a nos atacar. Esse cidadão é capaz de vender a mãe, se entrega, não sei. Quem é o ficha suja?”, disparou Onevan, atribuindo a Dagoberto uma série de adjetivos negativos.

Durante discurso na tribuna, o líder do PSDB na Casa, Professor Rinaldo, também protestou. “Quero repudiar a forma com que ele quis macular a imagem da Assembléia”.

Ao fazer outro aparte, durante discurso de  Rinaldo, Onevan lembrou que o pedetista foi eleito deputado estadual, mas passou todo o mandato licenciado, exercendo o cargo de secretário no governo de Zeca.

“Quero discordar de vossa excelência quando disse que o Dagoberto já atuou nesta Casa. Ele não desempenhou função aqui, ele teve licenciado para ser secretário, agora temos que tirar o chapéu para este cidadão, ele foi o deputado lá da Câmara que mais viajou”, completou Onevan. 

O democrata Zé Teixeira também lamentou as críticas contra a Assembléia e lembrou que a lei da Ficha Limpa é de iniciativa popular e foi instituída como forma de moralizar a política brasileira.

"Quero cumprimentar a população brasileira que aprovou a lei", colocou, lembrando que o dispositivo foi aprovado por mais de 2 milhões de pessoas cansadas de ver o dinheiro público ser mal gasto.