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Sidrolandia

Grupo de 35 empresas emitiu 89 milhões de toneladas de gases no País

Indústria de transformação lidera em emissões, com 89%, seguida pelo setor de mineração, com 10%

Redação de noticia

23 de Junho de 2010 - 07:53

Um levantamento inédito no Brasil aponta que, em 2009, um grupo de 35 grandes empresas, que representam 4% do total de emissões no País, foi responsável pela emissão de quase 89 milhões de toneladas de gás carbônico (CO2) equivalente.

De acordo com o estudo, a indústria de transformação lidera em emissões, com 89%, seguida pelo setor de mineração, com 10%.

Os dados fazem parte do Inventário Registro Público de Emissões de Gases de Efeito Estufa, lançado nesta terça-feira, 22, em São Paulo, com a presença da ministra do Meio Ambiente, Isabella Teixeira.

O levantamento foi feito sob a coordenação do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (Gvces), em parceria com o World Resources Institute (Instituto Mundial de Recursos), organização norte-americana que foi a primeira a formular ferramentas de gestão para a economia de baixo carbono.

Para o coordenador do Gvces, Mário Monzoni, a transparência desse grupo de empresas, que resolveu divulgar a quantidade de emissão de gases que causam o efeito estufa, significa "um passo de excelência empresarial de um movimento grande de sustentabilidade".

A expectativa dele é que o número de empresas participantes cresça a cada ano. Entre as companhias integrantes do inventário estão Petrobras, Banco do Brasil, Alcoa, Ambev, Furnas Centrais Elétricas, Natura e Souza Cruz.

As ações do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas fazem parte do programa internacional de normas de gestão ambiental, o GHG Protocol, integrado à Política Nacional de Clima e ao cumprimento da meta estabelecida na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), ocorrida em Copenhague, em dezembro do ano passado.

Para a ministra do Meio Ambiente, a iniciativa vai ajudar no "processo de discussão da Política Nacional de Mudança Climática". Isabella lembrou que os países desenvolvidos já adotam esse tipo de gestão ambiental transparente.