Parreira culpa falta de sorte por eliminação sul-africana

O técnico Carlos Alberto Parreira creditou a eliminação precoce da África do Sul na Copa do Mundo à falta de sorte. A seleção anfitriã deixou a competição com 4 pontos, mesmo número alcançado pelo classificado México, mas perdeu a vaga nas oitavas de final pelo saldo de gols.

"Iss o me faz lembrar uma declaração do técnico espanhol Rafa Benítez em um congresso da Fifa. Ele disse que, para ter sucesso, você precisa de qualidade técnica, organização e sorte. Ficou claro que faltou sorte para nós", lamentou Parreira.

Para o brasileiro, a África do Sul tinha condições de ganhar do México (empatou por 1 a 1, na esteia) e de obter um placar mais elástico contra a França (venceu por 2 a 1). "Tivemos uma bola na trave em cada um desses jogos. Se elas tivessem entrado, ainda estaríamos na Copa", disse.

Parreira tentou controlar a sua queixa, mas não conseguiu. "Não vamos atribuir tudo à sorte. Só que o Benítez tem razão. Foram dois momentos decisivos para nós, contra México e França", repetiu. No outro jogo do grupo A, os sul-africanos foram derrotados pelo Uruguai por 3 a 0.

Apesar de acreditar que poderia ter levado a África do Sul mais longe no Mundial, contudo, o treinador garantiu que não ficou frustrado. "O meu sentimento principal é de orgulho. Todo mundo sabia que estávamos em um grupo muito difícil. Mesmo assim, só não nos classificamos por causa do saldo de gols. Os jogadores ficaram tristes, mas falei para eles manterem as cabeças erguidas porque venceram a França, um grande time", concluiu Parreira.

A África do Sul foi o primeiro país anfitrião de uma Copa a ser eliminado ainda na primeira fase do torneio. Já Carlos Alberto Parreira se consagrou como o técnico com mais participações em Mundiais - já dirigiu Arábia Saudita, Brasil, Emirados Árabes e Kuwait antes de ficar à frente dos sul-africanos. Contra a França, ele obteve a primeira vitória sem estar no comando da seleção brasileira.