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Policial

Após matar no trânsito, administrador recupera camionete em troca de imóvel

Segundo o advogado do administrador de fazendas, Rene Siufi, o veículo que está em poder de um depositário, deve ser retirado na próxima semana.

Campo Grande News

14 de Junho de 2013 - 16:11

Quatro meses após o acidente, a Justiça permitiu que Diogo Machado Teixeira, de 36 anos, receba de volta a camionete Mitsubichi L-200, que ele conduzia no dia do acidente que causou uma morte e deixou dois feridos.

A decisão da Justiça também permite que Diogo utilize um imóvel, uma sala comercial, para a garantia de pagamento das possíveis indenizações do motorista do táxi, Sebastião e do passageiro, Ramon.

A decisão da Justiça, publicada na última terça-feira (11), diz que já foram efetuadas as perícias necessárias no local e no veículo. Na decisão, o juiz da 1ª vara do Tribunal do Júri, Carlos Alberto Garcete se manifestou favorável à restituição do bem, mas requereu a restrição da transferência do veículo, o impede a venda.

O acidente aconteceu na madrugada do dia 11 de fevereiro, no cruzamento da Avenida Afonso Pena, com a Rua Bahia, em Campo Grande. Diogo Machado conduzia o utilitário, quando atingiu um táxi. O passageiro do táxi, José Pedro Alves da Silva Júnior, de 22 anos, morreu na hora. O amigo dele, Ramon Rudney Tenório Souza e Silva, de 21 anos, e o taxista Sebastião Mendes da Rocha, de 51 anos, ficaram feridos. Ambos já receberam alta.

Segundo o advogado do administrador de fazendas, Rene Siufi, o veículo que está em poder de um depositário, deve ser retirado na próxima semana.

Diogo Machado foi preso em flagrante e solto dois meses depois. Ele pagou fiança de 101.700,00, dinheiro que será utilizado para o pagamento da indenização à família do passageiro do táxi, José Pedro Alves da Silva Júnior, que morreu no acidente.

O administrador de fazenda também está pagando pensão temporária mensal de R$ 3 mil para os dois sobreviventes. Ele teve a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) suspensa até o fim do processo. A liberdade provisória concedida desde no dia 4 abril, especifica que Diogo deve permanecer em casa no período noturno, compreendido entre as 20h e 6h, incluindo feriados e fins de semana.

No dia 7 de maio, a justiça ouviu três pessoas durante a primeira audiência do caso. Uma taxista, um Policial Militar e o motorista do Corolla, que também trafegada pela Avenida Afonso Pena e aparece nas imagens da colisão. O motorista do Corolla disse na audiência que ele e o administrador de fazenda furaram o sinal vermelho, mas que ele reduziu a velocidade e  Diogo, distraído, manteve a velocidade e não viu o táxi trafegando na outra via. Ele falou também que o condutor da L-200 prestou socorro aos ocupantes do táxi, um Fiat Siena.

Um policial militar lotado na Ciptran (Companhia Independente de Polícia Militar de Trânsito) também falou à Justiça. Ele disse que estava próximo ao local, ouviu o barulho da batida e foi ver o que havia acontecido. Ele relatou também, que quando chegou ao cruzamento, viu Diogo próximo às três vítimas, desesperado e em estado de choque.

Conforme o policial, o motorista da L-200 assumiu que havia consumido bebida alcoólica, aceitou fazer exame de alcoolemia, não aparentava estar bêbado e exalava odor etílico.

Uma taxista que foi uma das primeiras pessoas a chegar ao local do acidente Também prestou depoimento na primeira audiência. Ela contou que estava no ponto dela e viu a camionete passando pela Afonso Pena e derrapando próximo a um semáforo. A próxima audiência do caso está marcada para o dia 18 de junho, com testemunhas de acusação e de defesa.