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Policial

Suspeitos negam que sabiam de intenção de matar empresário em MS

Diogo diz que não sabia que o veículo seria produto de roubo e também nega que sabia da intenção de matar Erlon.

G1 MS

16 de Abril de 2014 - 10:53

Dos quatro suspeitos presos pela morte do empresário Erlon Peterson Pereira Bernal, de 33 anos, dois deles afirmaram à polícia e à imprensa, na terça-feira (15), que não sabiam dos planos de matar a vítima.

Rafael Diogo, de 24 anos, apontado pela polícia como responsável por convencer a vítima a entrar na casa onde foi morta, no bairro São Jorge da Lagoa, em Campo Grande, diz que foi chamado por Thiago Henrique Ribeiro, 21 anos, para levar um carro até uma oficina.

Diogo diz que não sabia que o veículo seria produto de roubo e também nega que sabia da intenção de matar Erlon. "Ele me encontrou em uma quadra de futebol e me chamou só para levar o carro na oficina. Se eu soubesse que ia acontecer isso [morte] nem tinha ido lá", justificou. O auxiliar de pedreiro Jeferson dos Santos Souza, 21 anos, suspeito de ter emprestado a arma do crime, um revólver calibre 38, para Ribeiro, disse que também não sabia do plano de roubo seguido de morte.

"Nenhum momento ele [Ribeiro] me falou que ia roubar ou matar. Eu não tive culpa nisso", afirmou. O suspeito informou que comprou a arma por R$ 1,5 mil de um conhecido sob a justificativa de se proteger. "Lá onde eu moro é perigoso demais, por isso comprei a arma", explicou.

Crime

Para a polícia, Erlon Bernal foi morto logo após ter chegado na residência. O corpo foi encontrado cinco dias depois, após a prisão de alguns suspeitos. Na casa foi apreendida a adolescente. O carro do empresário foi encontrado em uma funilaria do bairro São Conrado na noite de domingo. A cor prata havia sido substituída pela branca e as placas originais de Campo Grande, por outras de Ponta Porã, mas de mesmo modelo de veículo. As rodas também foram trocadas.

Segundo a Defurv, horas antes de matar Erlon Bernal, os suspeitos tinham abordado um policial militar que também tentava vender um Golf. O dono do veículo encontrou o suposto comprador na avenida Interlagos e foi com ele até a residência do São Jorge da Lagoa, porém, não entrou porque os demais envolvidos não estavam lá no momento.

De acordo com a delegada, os suspeitos dizem que usariam o veículo para cometer crimes, no entanto, a polícia não descarta a hipótese de que o carro seria levado para o Paraguai.

A Defurv também suspeita que os presos estejam envolvidos na morte de um ganhador de um título de capitalização, que desapareceu em fevereiro de 2014.

A arma utilizada para matar o empresário, um revólver calibre 38, foi localizada no dia 10 de abril, enterrada em um terreno baldio no bairro Dom Antônio Barbosa. Quatro munições intactas e duas deflagradas estavam na arma.