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Sidrolandia

Mato Grosso do Sul está entre três estados que melhor pagam profissionais da educação

Com isso, o Governo cedeu e aprovou o plano que prevê quatro anos para a implantação do piso por 20 horas e o reajuste salarial do piso nacional.

Assessoria

24 de Abril de 2014 - 15:10

A CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) divulgou ontem (23), na véspera do início da 15ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, o ranking nacional dos salários pagos aos profissionais em educação de todo o país. O Mato Grosso do Sul ocupa a terceira posição, atrás apenas do Distrito Federal e do Amapá.

O MS também está entre os estados que cumpre na íntegra o Piso Nacional. Inclusive, foi o primeiro estado federativo do país a aplicar a lei. Em dezembro passado, o Conselho de Presidentes da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (FETEMS), que é composto por representantes dos 72 Sindicatos Municipais dos Trabalhadores em Educação (Simteds), aprovou a política salarial para o magistério da Rede Estadual de Ensino proposta pelo Governo do Estado.

Com a aprovação da categoria, Mato Grosso do Sul passou a ser o primeiro estado brasileiro a ter uma política para receber o piso por 20 horas semanais. “Nenhum estado brasileiro conseguiu avançar neste sentido ainda, por isso consideramos mais uma conquista da nossa categoria e sem dúvidas muitos avanços ainda estão por vir, mas a valorização profissional que vamos ter em MS servirá de exemplo nacional”, disse Roberto Magno Botareli Cesar, presidente da FETEMS, na época. 

Os avanços conquistados em Mato Grosso do Sul se deram após muitas lutas travadas pela FETEMS. A proposta só foi aprovada após paralisação das escolas públicas no dia 3 de dezembro do ano passado e o anúncio de que os trabalhadores em educação iniciariam este ano em greve caso não houvesse avanço nas negociações.

Com isso, o Governo cedeu e aprovou o plano que prevê quatro anos para a implantação do piso por 20 horas e o reajuste salarial do piso nacional. 

A batalha da Federação era para que o piso salarial por 20 horas fosse implantando em três anos, mas conseguiu fechar acordo de quatro, após análise da categoria nas Assembleias Municipais realizadas pelos Simteds.

Na época em que a FETEMS fechou acordo com o Governo de MS, o salário pago por 40 horas semanais era de R$ 1.810,05. Hoje, conforme o ranking  da CNTE, este já é de R$ 2.356,28. Além disso, a entidade também conquistou a aplicação, a partir deste ano, de 1/3 de hora-atividade para o planejamento de aulas, como prevê o artigo quatro da Lei do Piso Salarial Nacional.