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Policial

Ex-goleiro do Santos, Edinho é preso por lavagem de dinheiro

No dia 30 de maio, o ex-goleiro foi condenado após decisão da juíza Suzana Pereira da Silva, auxiliar da 1ª Vara Criminal de Praia Grande.

G1

08 de Julho de 2014 - 14:10

O ex-goleiro do Santos Futebol Clube Edson Cholbi do Nascimento, o Edinho, filho de Pelé, foi preso na manhã desta terça-feira (8) em Santos, no litoral de São Paulo, pouco mais de um mês depois de ter sido condenado a 33 anos de prisão por crime de lavagem de dinheiro, proveniente do tráfico de drogas.

Edinho, que recorreu da decisão em liberdade, foi preso após a expedição de um mandado de prisão preventiva. No dia 30 de maio, o ex-goleiro foi condenado após decisão da juíza Suzana Pereira da Silva, auxiliar da 1ª Vara Criminal de Praia Grande.

Com a possibilidade de prisão, Edinho precisava entregar seu passaporte no cartório do 1° Ofício Criminal da cidade. A medida pretendia evitar que ele deixasse o Brasil antes da decisão final da Justiça.

Segundo informações da DIG (Delegacia de Investigaçõe Gerais) de Santos, o filho de Pelé foi encontrado na própria casa, na cidade, e não ofereceu resistência aos policiais. Ainda durante a manhã, o ex-goleiro foi encaminhado a uma cadeia de Santos.

Outros quatro condenados

Além do filho de Pelé, Clóvis Ribeiro, o "Nai"; Maurício Louzada Ghelardi, o "Soldado"; Nicolau Aun Júnior, o "Véio"; e Ronaldo Duarte Barsotti, o "Naldinho", foram condenados pelo mesmo crime.

De acordo com as investigações, "Naldinho" era o líder da organização criminosa, que mantinha sua base em Santos e possuía ligação com o Comando Vermelho, no Rio de Janeiro.

Além dos réus condenados, outras pessoas integram o grupo, descoberto pelo Denarc (Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos) por meio da Operação Indra, em 2005.

O caso

O ex-goleiro já havia sido preso em junho de 2005, em Santos, acusado de ter ligações com "Naldinho", que é apontado pela polícia como um dos principais traficantes da região. Na ocasião, o filho de Pelé negou as acusações e declarou ser apenas dependente de drogas.

Em 17 de dezembro de 2005, Edinho foi solto ao obter um habeas corpus no STF (Superior Tribunal Federal). Porém, em fevereiro de 2006, o Ministério Público denunciou o ex-goleiro por lavagem de dinheiro, o que resultou em uma nova prisão, 47 dias após ter conseguido a liberdade provisória.

Depois disso, a Justiça vinha negando com frequência os pedidos de liberdade feitos pela defesa do filho de Pelé.

No dia 21 de dezembro de 2006, a ministra do STF Ellen Gracie havia negado pedido de habeas corpus feito pela defesa do ex-jogador, mas, uma semana depois, os advogados de Edinho pediram reconsideração da decisão. O ex-goleiro saiu da Penitenciária de Tremembé no dia seguinte.