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Policial

Polícia justifica falta de passaporte pela prisão de Edinho

A sequência entre o jogo da Seleção Brasileira, na terça-feira, e o feriado desta quarta adiou uma possível revogação.

Terra

09 de Julho de 2014 - 16:10

O ex-goleiro do Santos e filho de Pelé, Edson Cholbi do Nascimento, segue preso no 5º Distrito Policial de Santos. De acordo com o delegado responsável pela Delegacia de Investigações Gerais, Luiz Henrique Ribeiro Artacho, a ausência do passaporte foi o motivo para a prisão preventiva, determinada pela 1ª Vara Criminal do Fórum de Praia Grande. A sequência entre o jogo da Seleção Brasileira, na terça-feira, e o feriado desta quarta adiou uma possível revogação.

"Não existe a prática específica de um crime. Pelo que a gente demonstrou, atentos a leitura do mandado, algum problema que ocorreu com o seu documento de viagem, mais especificamente o passaporte. Não sabemos se foi extraviado ou qual o motivo, consta que pela não apresentação do documento esse caráter de recorrer em liberdade foi revogado", explicou Artacho.

Edinho foi detido na terça por volta das 8h (de Brasília) e não ofereceu resistência. "Não houve qualquer tipo de reação. Assim que tomou conhecimento da presença dos policiais não esboçou nada, realmente se entregou", relatou.

No final de maio, o atual auxiliar da comissão técnica do Santos foi condenado a 33 anos de prisão por crime de lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas. A defesa do ex-atleta solicitou a revogação da prisão e entregou ao Fórum da Praia Grande a cópia do certificado de cancelamento do documento perdido. O feriado adiou a aprovação do pedido.

"Não sabemos (quanto tempo ficará), não existe um prazo. Estamos em dias atípicos. Ontem (terça) foi o jogo do Brasil e hoje é feriado. A situação é bem atípica, a prisão á atipica. Até a própria revogação pode ocorrer de uma hora para a outra", argumentou o delegado.

Além do ex-goleiro, foram condenados pelo mesmo crime Clóvis Ribeiro, o Nai; Maurício Louzada Ghelardi, o Soldado; Nicolau Aun Júnior, o Véio; e Ronaldo Duarte Barsotti, o Naldinho. Segundo a acusação, Naldinho era o líder da organização criminosa, baseada em Santos e com ligação com o Comando Vermelho, facção do Rio de Janeiro. O grupo foi descoberto pelo Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) em operação realizada em 2005.

Quando o esquema foi desvendado, Edinho negou as acusações e declarou ser dependente de drogas. Ele foi preso outras duas vezes, mas havia conseguido habeas corpus.