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Sidrolandia

Briga entre servidores que teve até ameaça com arma de choque vira sindicância no HRMS

Em casos como a ameaça ocorrida dentro do Hospital Regional, o delegado explica que após o registro, é feito um TCO

Midiamax

22 de Julho de 2014 - 08:55

No último domingo (20), um servidor do Hospital Regional Rosa Pedrossian, procurou a Polícia Civil por causa de uma ameaça que recebeu de uma colega de trabalho. A mulher teria levado uma arma de choque e disparou na sua direção, ‘apenas para assustá-lo’, segundo a própria vítima.

Discussões e ameaças entre colega de trabalho não são tão incomuns mas, geralmente, os casos e discussões não chegam à polícia e à Justiça. Segundo o delegado Jairo Carlos Mendes, titular da 5ª DP de Campo Grande, as ameaças entre colegas de trabalho não são registradas frequentemente na Capital. 

“Há alguns casos de ameaças, vias de fatos, troca de empurrões, mas geralmente, não são levados a adiante”, diz.

Em casos como a ameaça ocorrida dentro do Hospital Regional, o delegado explica que após o registro, é feito um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência), que é um registro de um fato tipificado como infração de menor potencial ofensivo, com pena menor do que dois anos de prisão.

Segundo o advogado Arthur Andrade Coldibelli Francisco, os casos mais frequentes envolvem ameaças verbais nas empresas. “Não acontece com frequência, mas há casos de funcionários que ameaçam o chefe pouco antes de serem mandado embora. Nos casos de ameaças ao superior, o funcionário poderá ser mandado embora por justa causa”, diz.  Já os casos de ameaças entre os próprios colegas não são tão comuns conforme o advogado.

Entre os casos já atendidos pelo advogado, está o de um funcionário de um frigorífico, que ameaçou um superior e provocou susto em várias pessoas.  “Já houve um caso dentro de um frigorífico de um faqueiro ameaçar o chefe e ele estava com uma faca na mão por causa do trabalho. Mas casos de agressão não são comuns”, comenta.

Conforme o advogado há a possibilidade de a empresa chegar a ser responsabilizada caso já saiba que existe um problema grave entre dois funcionários e tenha colocado os envolvidos para trabalhar juntos. Mas, na maioria dos casos, quando não há um motivo justo, a empresa não tem responsabilidade na briga entre dois funcionários.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do Hospital Rosa Pedrossian para saber mais informações sobre o caso, que aconteceu nas dependências da unidade de saúde. Foi informado que foi instaurada uma sindicância para apurar o caso. Segundo o depoimento dos envolvidos, teria havido 'apenas a ameaça'.