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Sidrolandia

Justiça Federal manda HU de Campo Grande reabrir 65 leitos

Segundo o magistrado, o serviço prestado pelo HU é essencial e por isso não pode ser interrompido pelo que chamou de questões burocráticas

G1 MS

22 de Julho de 2014 - 09:45

A Justiça Federal determinou que o Hospital Universitário (HU) de Campo Grande reabra 65 leitos desativados neste ano pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que administra a unidade. Reportagem do Bom Dia MS desta terça-feira (22) mostrou que, na decisão, o juiz Renato Toniasso, da 1ª Vara Federal da capital sul-mato-grossense, considerou grave o fechamento dos leitos.

A Ebserh informou à TV Morena que ainda não foi notificada oficialmente da determinação judicial. A partir da notificação, o HU tem que reabrir os leitos imediatamente.

Segundo o magistrado, o serviço prestado pelo HU é essencial e por isso não pode ser interrompido pelo que chamou de questões burocráticas. Conforme o Ministério Público Federal (MPF), que moveu a ação, o fechamento dos 65 leitos ocorreu por uma decisão administrativa da Ebserh.

“A ordem judicial determina que o hospital retorne ao seu procedimento anterior que era pagar os plantões. Existia uma decisão interna, que determinava não fazer mais o pagamento de plantões. Agora com a decisão judicial, espera que os leitos sejam reabertos”, afirmou o procurador Marcel Brugnera Mesquita.

O pagamento dos plantões, medida adotada pela administração desde 2009, deve ser feito durante os próximos seis meses ou até que a empresa conclua o concurso para contratação de profissionais, que está em andamento.

Conforme o procurador, o hospital não pagou os plantões de janeiro, fevereiro e março, o que teria provocado uma dívida de aproximadamente R$ 3 milhões. “O prejuízo ocorre do próprio fechamento. Estamos em uma sociedade carente na prestação de serviços médicos, então a redução nesse atendimento provoca um prejuízo óbvio, já que os demais hospitais do estado não têm condições de receber todos esses pacientes”, destacou.

O HU tem cerca de 250 leitos e é administrado pela Ebserh desde dezembro de 2013. O deficit no hospital seria de quase 800 profissionais, sendo 220 médicos e 493 outros profissionais da área de saúde.