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Sidrolandia

Mulheres denunciam violência obstétrica em Mato Grosso do Sul

Foram registrados casos em Campo Grande e no interior do estado. Denunciar é uma das formas de combater a violência, diz defensora pública.

G1 MS

29 de Julho de 2014 - 13:45

Em Mato Grosso do Sul, mulheres que foram vítimas de violência obstétrica podem procurar a Defensoria Pública e denunciar os casos. Segundo o órgão, neste ano foram registrados casos em Campo Grande e no interior do estado, mas não existe um levantamento de quantas ocorrências estão em andamento.

De acordo com a defensora pública Patrícia Elias Cozzolino de Oliveira, denunciar é uma das formas de combater esse crime. A violência obstétrica ocorre quando a mulher não tem seus direitos garantidos durante o parto, ou sofre algum tipo de negligência da equipe médica durante o atendimento.

A psicóloga Katiuce Assis, que mora na capital sul-mato-grossense, foi vítima de violência obstétrica e decidiu denunciar. No dia do parto, a médica que acompanhou a paciente durante a gestação teve um compromisso em outra cidade. Depois de uma gravidez saudável, veio a frustração: “Fiz o parto com um plantonista. Tive o processo de expulsão sozinha, sem ajuda do médico. Ele se recusou a me atender, ele não aceitou a forma como eu escolhi pra ter meu bebê”, relatou.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica diversas ações como violência obstétrica. Submeter a gestante a uma aceleração do parto sem necessidade, privar a mulher da presença do acompanhante, garantido por lei no Brasil desde 2005, prescrever jejum para a gestante, o que faz mal para a mãe e para o bebê, e deixar de oferecer métodos naturais e medicamentos quando necessário para aliviar a dor são procedimentos que caracterizam essa violência.

Ainda segundo a defensora pública, a violência obstétrica pode ser praticada por todos os profissionais envolvidos no atendimento da mulher durante o parto, desde a pessoa que recebeu a gestante no hospital, até o médico.