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Esporte

Jovem que perdeu a perna em acidente divide experiências na internet e se torna paratleta

Angel Campos Magalhães 21 anos de idade, precisou amputar a perna esquerda após acidente no dia 7 de abril de 2013

Correio do Estado

11 de Agosto de 2014 - 16:06

Com apenas 21 anos de idade, Angel Campos Magalhães já tem muitas histórias para contar. A jovem foi atropelada por um motorista que fugiu sem prestar socorro, na madrugada do dia 7 de abril de 2013, na Avenida Mascarenhas de Moraes, em Campo Grande.

Depois do acidente, ela precisou amputar a perna esquerda. Angel lembra que o sentimento ao receber a notícia foi desespero total. “Só fui me acalmar depois de uma semana”, recorda. No entanto, ainda no hospital, a incredulidade deu lugar a uma ideia: Angel resolveu criar o “Vlog da Mini” e dividir sua adaptação através de vídeos postados no site de compartilhamentos YouTube.

Ela queria expor as novas experiências de forma mais leve e divertida. “O objetivo sempre foi mostrar para as pessoas que, após um acidente e uma deficiência física, o mundo não acaba”, explica. Segundo a jovem, a troca de informações proporcionada pela internet foi sua maior força psicológica.

Uma das respostas mais gratificantes para Angel foi a história de uma mulher, de 36 anos, que perdeu a perna aos 8, e somente graças ao vlog teve confiança o suficiente para publicar uma foto de corpo inteiro. Porém, os números mostram que a garota conseguiu atingir várias outras pessoas. São 1.224 inscritos e mais de 85 mil visualizações no canal.

Paracanoagem

Seis meses após o acidente, Angel descobriu a paracanoagem e se apaixonou completamente. Ela conta que, apesar do treinamento intenso, a adaptação foi bastante rápida. Em pouco tempo, a jovem coleciona conquistas. “Fui vice-campeã brasileira, campeã da Copa Brasil e conquistei vagas para o Mundial e o Pan-americano de 2014”, comemora. Questionada sobre o seu futuro no esporte, Angel revelou que precisará dar um tempo, devido à outra mudança em sua vida: está grávida de três meses.

Inclusive, justamente por conta da gravidez, decidiu se mudar para Piraju (SP), cidade tranquila e muito forte na modalidade que pratica. A paratleta explicou ainda que já conversou com seus treinadores sobre o retorno.

“Eles disseram que consigo voltar no ano que vem e me preparar para 2016, por conta da minha fácil adaptação, força e até mesmo idade”, revela.