Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Sábado, 20 de Abril de 2024

Sidrolandia

Petrobras volta a ser acusada de calote pelos responsáveis por construir fábrica

Um representante dos empresários afirmou que as atividades serão paralisadas no dia 31 deste mês

Perfil News

21 de Agosto de 2014 - 13:08

Um grupo de 10 empresários que presta serviço ao Consórcio UFN3, em Três Lagoas, a 338 quilômetros de Campo Grande, decidiu suspender os serviços de alojamentos e alimentação para os funcionários da empresa.

De acordo com o site, um representante dos empresários afirmou que as atividades serão paralisadas no dia 31 deste mês. A decisão foi um consenso entre os sete donos de alojamentos e três proprietários de cozinhas industriais. Segundo o grupo, a dívida já soma R$ 8 milhões. 

O Consórcio, que presta serviço para a Petrobras, firmou acordo de pagamento com os empresários, em junho deste ano, para solucionar o atraso de seis meses de dívida. A tratativa, registrada em ata, determinava que os pagamentos seriam efetuados em três partes e que os acertos mensais futuros não seriam mais acumulados.

De acordo com o site, 70% da dívida foi paga, mas algumas empresas não receberam. Aproximadamente 150 empresas, contabilizando as que receberam, também já estão com os pagamentos de junho, julho e agosto atrasados. Em junho, a Câmara de Vereadores intermediou o acordo, juntamente com a Associação Comercial e Industrial.

Mesmo com a falta de compromisso do Consórcio, muitas das micro e pequenas empresas continuam fornecendo alimentação e moradia para os trabalhadores da UFN3. Para conseguirem manter as portas abertas, muitos precisaram se desfazer de bens para realizar o pagamento de seus funcionários. 

Sem caixa e capital de giro, as empresas se uniram e decidiram não prestar mais serviços enquanto os pagamentos não forem regularizados. Como não são atendidos ou recebidos pelos representantes da UFN3, decidiram comunicar a empresa por meio de nota sobre o encerramento das atividades.

Preocupado não só apenas em receber, o grupo teme o impacto social que o encerramento das atividades pode gerar. Cerca de 200 funcionários perderão seus empregos com o fechamento das cozinhas e alojamentos. Manifestações podem acontecer entre funcionários das empresas, teme o grupo.

Já está programado para o dia 31, o fechamento dos alojamentos, localizados nos bairros Santa Rita, Vila Maria, Santos Dumont e Jardim Alvorada. Segundo o grupo, a lei de hospedagem do setor hoteleiro os ampara em situação de remoção dos alojados. A reportagem procurou a estatal e aguarda um posicionamento da empresa sobre a nova reclamação.