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Sidrolandia

Garoto com suspeita de fogo selvagem é encaminhado para consulta em Campo Grande

Ele foi numa ambulância do hospital com o acompanhamento de um médico plantonista do Elmíria Silvério Barbosa.

Flávio Paes/Região News

22 de Agosto de 2014 - 17:28

Já está em Campo Grande, acompanhado da mãe, o garoto Micael Rosário Gomes, que há um mês sofre com os sintomas de uma doença rara de pele, o fogo selvagem. Como o Hospital do Pênfigo especializado no tratamento da enfermidade não é conveniado ao SUS, inicialmente o menino passará por uma consulta ambulatorial com médicos dermatologistas no Hospital Regional.

Ele foi numa ambulância do hospital com o acompanhamento de um médico plantonista do Elmíria Silvério Barbosa. Caso o atendimento hospitalar não seja assegurado, a Defensoria Pública deve recorrer ao Judiciário para obrigar a Prefeitura a custear o tratamento no Pênfigo, que é especializado no tratamento da doença, mas não tem convênio com o SUS.

Micael mora com os pais e três irmãos (uma moça de 17 e dois garotos, um de 14 e 13) anos no Assentamento Eldorado, quase na divisa com Rio Brilhante, a quase 100 quilômetros da área urbana de Sidrolândia. O pai dele trabalha como vigia na Usina Passatempo já em território rio-brilhantense.

Sem recursos (a família não teve acesso ao Pronaf) para explorar uma atividade rentável no lote (a terra é fraca, depende de correção do solo, para tornar viável qualquer lavoura), a mãe de Micael não tinha dinheiro para pagar a passagem da lotação até a cidade. Dona Maria Madalena precisou contar com a ajuda de uma funcionária dos Correios do Capão Bonito (onde fica o posto de saúde mais próximo) para chegar à sede do município.

Há um mês o veículo da UBS do Capão Bonito II usado no transporte de pacientes até a cidade está parado com problemas mecânicos. O médico que o atendeu, dr. Francisco Novela e a agente do posto, mesmo diante da gravidade da sua situação, não tomaram a iniciativa de pedir o apoio da Secretaria de Saúde para garantir sua vinda até o hospital.