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Sidrolandia

Polícia não tem provas para apontar culpados por invasão de prefeitura

Havia suspeita de furtos de documentos, no entanto, conforme relatado pelo delegado da Derf, nada foi comprovado e as investigações prosseguem

Campo Grande News

27 de Agosto de 2014 - 16:45

A investigação sobre a invasão da Prefeitura de Campo Grande, no dia 15 de maio deste ano, pode acabar sem indiciados. Segundo o delegado titular da Derf (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Roubos e Furtos), Fabiano Goés Nagata, até o momento não foram encontradas provas suficientes para que os envolvidos fossem acusados.

No entanto, ele ainda aguarda do resultado de laudos periciais que possam trazer mais detalhes sobre a ocupação, ocorrida após a Justiça determinar a reintegração de Alcides Bernal (PP) ao cargo de prefeito.

Na manhã desta quarta-feira (27), Nagata disse que já ouviu todos os participantes. Porém, o grupo, incluindo o ex-prefeito Alcides Bernal, negou que teria invadido premeditamente a sede do administrativo e furtado documentos do local. “O ex-prefeito alegou que agiu conforme determinação judicial e por isso, não invadiu o local. Até o momento as investigações não comprovam o furto de documentos e outros objetos”, disse Nagata.

No entanto, o delegado afirma que o parecer atual pode ser alterado de acordo com o resultado dos exames periciais solicitados pela Derf, que se referem a análise das gravações feitas pelas câmeras de segurança da prefeitura, bem como por testemunhas. “São dados importantes que podem trazer novos detalhes acerca do caso. Já pedimos os laudos e os resultados devem ser encaminhados em breve para nós”, completou o delegado.

Caso – No dia 15 de maio, Bernal retornou ao cargo de prefeito por oito horas, depois de ser cassado no dia 12 de março. A decisão do juiz da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, David de Oliveira Gomes Filho, determinava a posse imediata. Horas depois, o desembargador de plantão, Vladimir Abreu da Silva, acatou pedido da assessoria jurídica da Câmara Municipal, e cassou a liminar de Gomes Filho.

Pelos menos 20 servidores e alguns vereadores foram investigados por estarem envolvidos na invasão dos prédios públicos, para forçar a posse imediata do prefeito cassado. Sindicância aberta pela prefeitura apontou indícios e elementos consistentes quanto à “conduta incompatível” destes servidores, com a responsabilidade do cargo que exercem.

Havia suspeita de furtos de documentos, no entanto, conforme relatado pelo delegado da Derf, nada foi comprovado e as investigações prosseguem.

Sindicâncias - Por outro lado, a prefeitura realizou sindicâncias e várias já foram concluídas. Algumas pedem a demissão dos servidores que participaram da ocupação de forma ilegal e até da subtração de documentos. Os resultados serão encaminhados para o Ministério Público Estadual.