Sidrolandia
Em nota, FUNAI diz que invasão e destruição de fazenda foi "mal entendido"
A reintegração de posse em questão, conforme esclarece a FUNAI, é referente a uma disputa particular entre brancos pela fazenda
Flávio Paes/Região News
29 de Agosto de 2014 - 17:06
Em nota distribuída na tarde desta sexta-feira, FUNAI classificou como "mal entendido" o episódio em que um grupo de 200 índios terenas invadiu quarta-feira à noite a Fazenda Água Clara, destruindo a sede da propriedade.
Conforme o órgão, a ocupação teria sido uma reação dos índios a uma ação de policiais à paisana que, a caminho do cumprimento de uma reintegração de posse, prenderam o terena um dos integrantes da tribo, Arcênio Duarte que estava portando uma arma. Os parentes dele, vendo a situação, pensaram que se tratava de um sequestro.
A reintegração de posse em questão, conforme esclarece a FUNAI, é referente a uma disputa particular entre brancos pela fazenda.
Veja, na íntegra, o posicionamento da FUNAI
O
caso foi consequência de um mal-entendido.
A Terra Indígena Buriti é uma área judicializada com 31 fazendas em seu
interior.
Algumas dessas fazendas dentro da terra indígena estão ocupadas por índios,
outras, por fazendeiros.
Há um acordo entre fazendeiros e índios de que o mapa de ocupação atual deve ser mantido, ou seja, nem os fazendeiros invadem as áreas atualmente ocupadas pelos índios, nem o contrário. O acordo vem sendo cumprido por ambas as partes.
Na quarta-feira pela manhã, policiais à paisana e um oficial de justiça estiveram na fazenda Água Clara para cumprir uma decisão judicial de uma disputa entre herdeiros não índios pela fazenda. O assunto não envolvia os índios.
Os
policiais também constataram que, na fazenda Cambará, também dentro da terra
indígena, ocupada pelos índios a mais de um ano, que fica bem ao lado da
fazenda Água Clara, havia um índio armado. Eles foram até o local e prenderam o
índio por porte de arma.
Outros índios, ao verem brancos armados levarem seu