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Policial

Advogado pedirá nova investigação da morte da mãe de Bernardo

O escritório do advogado da madrasta, Vanderlei Pompeo de Mattos, informou que não pretende se manifestar sobre o tema.

Correio do Estado

30 de Agosto de 2014 - 08:08

O advogado da avó de Bernardo Boldrini, Marlon Taborda, vai pedir a reabertura das investigações sobre o suicídio da mãe da criança, Odilaine, em 2010. O menino de 11 anos foi encontrado morto em uma cova em Frederico Westphalen, Região Noroeste do Rio Grande do Sul, em abril deste ano. Quatro pessoas estão presas suspeitas do crime.

Taborda foi motivado a fazer o pedido após a divulgação de um vídeo que mostra uma briga entre a criança, o pai, Leandro Boldrini, e a madrasta, Graciele Ugulini. As imagens foram recuperadas pelo Instituto Geral de Perícias (IGP) do celular de Leandro, como mostra reportagem do Bom Dia Rio Grande, programa da RBS TV.

"Me chamou a atenção que há uma confissão da morte da mãe do Bernardo. Em dado momento é dito para o menino 'Tu vai ter mesmo fim que a tua mãe'. Ora, Bernardo foi vítima de homicídio, logo a mãe dele também foi vítima de homicídio. E esta frase, ela se torna reveladora ao passo que é uma confissão que a Odilaine foi morta por alguém. Nos faz crer que realmente não ocorreu suicídio e que Odilaine foi vítima de homicídio", apontou Taborda.

Odilaine morreu em 2010 após se suicidar, conforme conclusão da polícia. Nas imagens, a madrasta fala para o menino que a mãe dele é uma "vagabunda". Leandro também critica a ex-mulher.

"Ah, Bernardo, eu fico com pena de ti… Com pena de ti, cara. Tua mãe te botou no mato. Deus o livre. Te abandonou", afirma Leandro. O menino responde aos dois revoltados. "Tomara que tu morra. Tomara que tu morra! E essa coisa [Graciele] que morra junto!", grita Bernardo.

O advogado de Leandro, Jader Marques, disse que o vídeo é de 2013 e mostra a realidade do conflito familiar difícil, mas nada que altere a situação da falta de provas da participação do médico no homicídio do menino e suicídio da mãe de Bernardo. O escritório do advogado da madrasta, Vanderlei Pompeo de Mattos, informou que não pretende se manifestar sobre o tema.