Prefeitura adia por 2 semanas inicio do transporte coletivo que começa circular em 30 dias

Dentro de exatamente um mês, dia 1º de outubro, começará a funcionar, o transporte coletivo de Sidrolândia que inicialmente funcionará em caráter experimental com uma frota de 20 veículos, a mesma que hoje atende aos trabalhadores da JBS/Seara.

Também haverá linhas para atender os funcionários de outras empresas como a Rio Pardo Bioenergia (na saída para Nioaque), além da COTAG, Panorama Armazéns Gerais, Meta Armazéns Gerais e as unidades de armazenagem da Conab, Bunge e agora da Cooperativa Agroindustrial (LAR), todas às margens da MS-162.

 Está previsto ainda  um itinerário até a Estação Bolicho, onde funciona a granja incubatória da Seara e para atender ao Distrito de Quebra Coco. Para que haja tempo necessário há solução de uma série de questões burocráticas e legais, incluindo a gratuidade garantida por lei à população com mais de 65 anos, a Prefeitura adiou por duas semanas o início da circulação dos ônibus prevista inicialmente para o dia 16 de setembro.

Como só há 220 idosos de baixa renda cadastrados na Secretaria Municipal de Assistência Social, potenciais usuários do transporte, concluiu-se que esta gratuidade aumentaria em menos de R$ 0,02 o preço da passagem cobrada do usuário, daí porque a tarifa ao invés de R$ 2,28, será arredondado para R$ 2,30.

O serviço está sendo criado por pressão da JBS/Seara, que desde 2013 vem cobrando da Prefeitura a implantação do transporte coletivo sob pena até mesmo de desativar sua unidade em Sidrolândia. O objetivo da empresa é se livrar de um passivo trabalhista crescente gerado pela chamada hora-extra ínterim, que corresponde ao tempo de viagem do trabalhador até sua casa na entrada e saída do expediente, aproximadamente 40 minutos por dia.

Atualmente a empresa tem uma despesa mensal de R$ 220 mil com o fretamento de ônibus para o transporte do pessoal. Quando o funcionário deixa a empresa acaba inevitavelmente entrando na justiça trabalhista. O próprio dono da Vacara Turismo, Moacyr Almeida, não mostra certeza de que haverá demanda para o transporte coletivo em Sidrolândia.

“Os estudos mostram que este serviço só se torna viável economicamente a partir de uma concentração urbana de 70 mil habitantes”. A cidade tem hoje menos de 30 mil moradores na área urbana. “Vamos fazer esta experiência. Com certeza haverá ônibus nos horários de entrada e saída da Seara. Vamos disponibilizar ônibus na medida em que haja de fato necessidade. Não é possível manter carros circulando vazios”, argumenta.

O vereador Sérgio Bolzan, que é também presidente do Sindicato dos funcionários da JBS-Seara, acredita que haverá demanda para o transporte. “Acredito que os trabalhadores da Via Blumenau, da Tip Top, sem contar que em 2015  haverá a faculdade e entra em funcionamento o Frigorífico Balbinos”, argumenta.