Após 100ª vitória em Mundiais, Brasil mostra apetite para alcançar mais seis

Na saída da quadra, minutos depois da vitória sobre a China, Bruninho atualizava a contagem. "Já foram sete. Agora só faltam seis!". O número de passos para chegar até o quarto troféu consecutivo vem diminuindo. Adversários considerados perigosos ficaram para trás, mas outros fortes estão por vir: Canadá e Rússia. Antes de estar cara a cara com eles, o time comemorou o fato de ter conseguido levar o Brasil a sua 100ª vitória em Mundiais. No que depender da vontade deles, o Brasil deixará a Polônia com 106 e uma página de destaque na história: o quarto título seguido na competição. 

- O mais importante vai ser lá no final, conseguir escrever uma história inédita. Nós temos mantido um padrão alto. Ainda cometemos alguns erros que temos que melhorar, porque isso ainda não nos credencia a nada. Temos sempre que pensar em evoluir, em manter o foco. Canadá e Rússia são adversários muito difíceis e serão dois bons testes, já que já estaremos praticamente classificados para a terceira fase contra eles. Vamos poder ganhar um bom ritmo - disse o levantador.

Os discursos de pai e filho estão alinhados. Bernardinho sente a equipe mais confiante, mas ressalta a importância de passar pelos testes citados por Bruninho. Até sábado, ainda há espaço para muito trabalho, mas também para celebrar a marca centenária.  Sob o seu comando, foram 32 triunfos em 36 jogos (oito na edição de 2002, 10 em 2006, sete em 2010 e mais os sete até o momento). 

- É um orgulho ter feito parte desta história, deste processo, que contou com a Geração de Prata, com a do Giovane  e Maurício e de Gustavo e Giba. A história fez as pessoas quererem mais e serem mais exigentes. Então, a responsabilidade da nova geração é de trabalhar bem - afirmou.

Até o momento, apenas brasileiros e russos seguem invictos no campeonato. Os tricampeões lideram o Grupo F, com 15 pontos. Um a mais do que os atuais campeões olímpicos. Na outra chave, França está na ponta com 13, seguida do anfitrião que soma 12. Desde o início da caminhada em solo polonês, rivais e torcidas vêm se esforçando para conter o ímpeto da seleção. Bruninho não acredita que a pressão possa ficar maior por conta da invencibilidade.

- Todas as vezes que fomos campeões mundiais, perdemos um jogo. É claro que queremos ganhar todos, mas, se tivermos que tropeçar que seja na hora que ainda pode. Uma derrota não vai abalar ninguém aqui. Queremos crescer e melhorar a cada partida.

Nesta sexta-feira de folga, o Brasil treinará na Spodek Arena de olho no time canadense. A partida será no sábado, às 11h40 (de Brasília), com transmissão do SporTV e cobertura em Tempo Real do site.