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Sidrolandia

Vereadores sabatinam secretária de Saúde e cobram a reativação do IML de Sidrolândia

Os médicos estão se recusando a fazer os exames sob o argumento de que não há ninguém treinado para digitar os seus laudos.

Flávio Paes/Região News

14 de Setembro de 2014 - 23:15

Os vereadores Ilson Peres, Sergio Bolzan, Waldemar Acosta e Cledinaldo Cotócio, se reuniram com a secretária de Saúde, Leila Couto, para cobrar explicações dela sobre o fechamento do Instituto Médico Legal de Sidrolândia, que há pelo menos quatro meses não faz necropsias em vítimas de mortes violentas (homicídios, acidentes, suicídios), embora a Prefeitura pague salário de R$ 4 mil a cada um dos médicos legistas (José Stefanello e Volnei Pereira) contratados. A secretária admitiu o problema, mas garante que está encaminhando a solução.

Os médicos estão se recusando a fazer os exames sob o argumento de que não há ninguém treinado para digitar os seus laudos desde o afastamento da funcionária encarregada do serviço. Ela, que é funcionária da Prefeitura concursada como auxiliar de creche, vem conseguindo sucessivos atestados médicos porque teria problemas de coluna.

Os legistas se mantiveram irredutíveis na decisão de não fazer os exames, mesmo depois que a Secretaria de Saúde se dispôs a trocar a servidora por um funcionário cedido pelo hospital. Alegaram que ele não tinha treinamento para exercer as funções. Para que o impasse seja resolvido, dois funcionários do hospital serão treinados no Instituto Médico Legal e serão remanejados para o IML, independente da opinião dos legistas.

Como os médicos não fazem necrópsia na cidade, as famílias das vítimas de mortes violentas precisam encaminhar os corpos à Campo Grande, onde aguardam horas pelos laudos, quando os trazem de volta a Sidrolândia, para o velório e o sepultamento na cidade. Os legistas continuam fazendo os exames de corpo delito nos casos de violência doméstica; violência sexual e os laudos para o pagamento do DPVAT (seguro obrigatório dos carros envolvidos em acidentes).

O problema veio à tona no último dia 27, quando morreu o jovem Kilcnner Azevedo Diniz , sobrinho da diretora administrava do hospital, Vanda Camilo. Ele morreu no acidente em que o veículo que dirigiu capotou na estrada para Quebra  Coco.