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Política

Waldemar diz que vota para zerar suplementação se prefeito não rever cortes na educação e saúde

Waldemar garante que se o prefeito Ari Basso não rever os cortes, vai apresentar emenda para zerar a suplementação orçamentária.

Flávio Paes/Região News

16 de Setembro de 2014 - 13:00

O vereador Waldemar Acosta (PDT), embora seja o líder do prefeito na Câmara Municipal criticou duramente os cortes nos investimentos em saúde e educação previstos no projeto de orçamento para 2015 em tramitação  no Legislativo. Pela proposta os recursos para educação terão corte de R$ 2,6 milhões em relação ao valor orçado para 2014 (redução de 5,36%) e de R$ 268 mil na saúde (corte de 3,88%), enquanto os investimentos em urbanismo, terão um incremento de 105%.

Waldemar garante que se o prefeito Ari Basso (PSDB) não rever os cortes nestes setores prioritários da administração pública vai apresentar emenda para zerar a suplementação orçamentária, por decreto, que a proposta do Executivo fixou em 50%, o dobro do percentual autorizado neste ano.

“É quase como dar um cheque em branco ao prefeito, um exagero conceder uma suplementação deste tamanho”, comentou Waldemar. Ele concorda que a suplementação, no máximo, seja fixada em 25%. O vereador considera “absurdo” reduzir de R$ 50.093.400,00 para R$ 47.398.090,00 o orçamento da educação, justamente agora, diante do fraco desempenho dos alunos da rede municipal de ensino no IDEB (índice de Desenvolvimento da Educação Básica) de 2013, divulgado sexta-feira (5) pelo Ministério da Educação.

“É preciso fazer algo para rever esta situação, já que em 2015, os alunos voltarão a ser avaliados”. Waldemar lembra que a média caiu de 4,3 para 4,1, quando a meta era atingir 4,5. O resultado foi ainda pior, quando se avaliar apenas os alunos do 9ª, que tiveram média 3,5, quando a meta era 4,3.

Numa análise preliminar da peça orçamentária especificamente para educação, Waldemar estranhou que tenha havido redução de 59,32% na dotação para manutenção do ensino fundamental (corte de R$ 35 para R$ 14,2 milhões). Os recursos projetados para o transporte escolar caíram de R$ 7 milhões para R$ 5,9 milhões e da merenda de R$ 2,6 milhões para R$ 2,350 milhões.

“O momento é de se investir em cursos de capacitação dos professores, material pedagógico e apostar na informática como ferramenta para atrair o interesse do aluno”, observa o pedetista. Daí porque considere “incoerente”, diminuir de R$ 500 mil para R$ 60 mil a dotação orçamentária para garantir que os alunos tenham acesso aos computadores.

Uma das medidas que o vereador vai defender junto ao Executivo, é que sejam reativados os laboratórios de informática das escolas, desativados ano passado. “Há linhas de financiamento no Governo Federal, recursos no Ministério da Educação, para compra de computadores”, observa.

Numa reunião com a secretária de Educação, Sonia Dal Pas Leite, Waldemar e outros colegas de Legislativo, cobraram explicações sobre o fraco desempenho dos alunos no IDEB.