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Sidrolandia

Obras da UPA estão paralisadas com greve de funcionários que estão com salário em atraso

Muitos funcionários, diante dos constantes atrasos, querem receber o que tem de direito e vão pedir demissão.

Flávio Paes/Região News

16 de Setembro de 2014 - 14:21

Desde sexta-feira as obras da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) estão paradas porque os 25 funcionários decidiram entrar em greve em protesto pelo atraso de salário de agosto, que deveria ter sido pago até o 5º útil. Os operários reclamam que o patrão, o dono da Macro Engenharia, limitou-se a informar que deixou de efetuar o pagamento porque não conseguiu receber da prefeitura. Muitos funcionários, diante dos constantes atrasos, querem receber o que tem de direito e vão pedir demissão.

É o caso do pedreiro Álvaro Ajala que denunciou o problema no Ministério do Trabalho e espera ter uma solução rápida. “Quero que deem baixa na minha Carteira de Trabalho e vou procurar outro emprego”, desabafa. Como a última vez que “viu a cor do dinheiro”, foi no dia 10 de agosto quando recebeu o salário de julho, está enfrentando dificuldades para manter sua família.

“Como tinha dois botijões, tive que vender um para comprar o gás do outro”, conta. A situação não é pior porque ele tem casa própria, no residencial Sidrolar. Quem também só espera receber para pedir demissão é José Eduardo, que além de estar com o aluguel em atraso (mora no São Bento) corre o risco de ser preso por falta de pagamento da pensão alimentícia. “Todo mês é a mesma coisa. O salário só sai com atraso”, revela.

O empresário Paulo César Castro dos Anjos garante que todos os funcionários quando são contratados recebem a informação de que só irão receber no dia 10 de cada mês. Portanto, o atraso de fato seria de seis dias em relação ao prazo combinado inicialmente.  Ao tomar conhecimento da situação, o prefeito Ari Basso disse que a empreiteira deixou de receber na sexta-feira (como estava previsto) porque apresentou uma nota referente ao serviço executado que não corresponde com a medição da obra.

O vereador Edivaldo dos Santos na sessão da última  segunda-feira denunciou os sucessivos atrasos de pagamento por parte da empreiteira responsável pela construção da UPA, que incorreu no mesmo problema quando construiu a UPA de Aquidauana.

Obras

A construção da UPA  (Unidade de Pronto Atendimento) foi iniciada em abril deste ano. A obra está orçada em R$ 2,3 milhões, sendo R$ 2,2 milhões do Ministério da Saúde e R$ 108 mil de contrapartida da Prefeitura Municipal de Sidrolândia, que doou a área onde será construída a unidade na Rua Ponta Porã.

As UPAs atendem no período de 24 horas,  sete dias por semana e conta com uma estrutura de médicos, atendentes enfermeiros e equipamentos que resolvem grande parte dos atendimentos de urgência e emergência. As unidades atendem casos de saúde que necessitam de atenção médica de intermediária, como pressão alta, febre alta, fraturas, cortes e infartos, nestes casos o paciente não precisa ser atendido em hospital, a própria UPA resolve o problema de saúde do paciente.

A estrutura de uma UPA conta com equipamentos de raio-X, eletrocardiografia, laboratório de exames e leitos de observação, e soluciona em média 97% dos casos. Ao chegar a uma UPA, o paciente é assistido e pode ser tratado na própria unidade ou, conforme o caso, encaminhado a um hospital ou para a atenção básica.

As UPAs trabalham de forma integrada com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Ao ligar para o número 192, o cidadão tem acesso a uma central com profissionais de saúde que oferecem orientações de primeiros socorros, além de definir os cuidados adequados a cada situação. Em muitos casos, o SAMU presta o primeiro atendimento e encaminha o paciente a uma UPA.