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Sidrolandia

Homem que matou outro por causa de um porco vai ficar em liberdade

A promotora leu os depoimentos prestados pela mulher da vítima e também do motorista do caminhão, que iria transportar a mudança

Campo Grande News

19 de Setembro de 2014 - 14:48

O acusado de matar Gomercindo Marcelino da Cruz em 18 de abil de 2009 na fazenda Santa Helena, próximo ao autódromo de Campo Grande, por causa de um porco, foi condenado a quatro anos de prisão em regime aberto. O trabalhador rural Atílio Rodrigues, 66 anos, confessou ter matado a vítima, mas alegou legítima defesa.

Conforme a sentença, assinada pelo juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Atílio foi condenado por homicídio doloso privilegiado há seis anos, mas teve a pena diminuída em dois anos, fixando-a em quatro.

Durante o julgamento, na manhã de hoje (18), o acusado negou que tenha matado Gomercindo por conta de uma dívida de R$ 300 na venda de metade de um porco. Ele contou que descobriu que a vítima iria se mudar da fazenda no dia, então foi até lá ajudar na mudança.

Conforme Atílio, ao chegar até o local, a vítima achou que ele havia ido cobrar a dívida, com isso Gomercindo o ameaçou de morte e jogou uma foice aos seus pés. “Ele me disse que seu tivesse cercado ele me daria um tiro na cara”.

O acusado disse que os dois discutiram e que em dado momento a vítima veio correndo em sua direção e colocou a mão na cintura. “Ele veio correndo parecendo que estava armado. Eu, com medo dele me matar, atirei”, justificou. A vítima foi atingida com cinco tiros.

A promotora leu os depoimentos prestados pela mulher da vítima e também do motorista do caminhão, que iria transportar a mudança. Todos negaram que Gomercindo estivesse armado naquele dia. “ Porque cargas d'água Gomercindo estaria armado? O que chama a atenção é que como uma pessoa que estivesse com uma arma na cintura, pudesse se abaixar e levantar para carregar os móveis”, contestou a promotora.

Para ela, o acusado foi até o local com a intenção de matar. “Não foi encontrada a foice e não foi encontrada a arma. Ele já foi propenso a fazer o que ele fez”.