Vítima de 12 anos se apresenta e servidor vai responder por estupro de vulnerável

As investigações sobre o caso que envolve o servidor municipal de Dourados Jeferson Porto da Silva, 33, continuam em andamento e agora ele vai responder também por estupro de vulnerável. Um menino de 12 anos de idade se apresentou como vítima de Silva e prestou depoimento à polícia.

Conforme a delegada responsável pelo caso, Marina Lemos, o menino também foi atraído pelo falso perfil de mulher que o acusado mantinha no facebook, com o codinome ‘Jéssika Alessandra’.

“É a mesma situação dos demais, ele foi atraído pelo falso perfil da Jéssika e depois acabou convencido pelo Jeferson a se relacionar com ele em troca de dinheiro”, disse a delegada na manhã desta quarta-feira (22) ao site.

Aproximadamente 20 meninos menores de 16 anos já foram ouvidos no inquérito, que deve ser fechado na sexta-feira (24). Ainda de acordo com a delegada, uma dessas vítimas já se submeteu voluntariamente ao exame de HIV, que deu negativo.

Silva deve responder pelos crimes de estupro de vulnerável, favorecimento à prostituição infantil, pedofilia, perigo de contágio venéreo e falsificação de documento particular (esses dois crimes pelo fato dele ser portador do vírus HIV e, ciente disso, ter mantido relações sexuais sem uso de preservativo, além de ter falsificado exame clínico para fingir não ter o vírus para as vítimas).

O servidor municipal foi preso no domingo (19) após dois meses de investigações que começaram após a mãe de um menor de idade flagrar conversas do filho com o acusado no facebook e denunciar o caso à polícia.

Silva permanece detido em uma das celas do 1º Distrito Policial, de onde deve ser transferido na sexta-feira (24) para a Phac (Penitenciária de Segurança Máxima Harry Amorim Costa).

O caso

Jeferson Porto da Silva, 33, trabalhava na secretaria de administração da prefeitura de Dourados. Após dois meses de investigação, ele acabou preso acusado de aliciar menores de idade e incentivá-los à prostituição. Conforme apontado pela Polícia Civil, ele utilizava um perfil falso no facebook e também no aplicativo de conversas para celular ‘whats app’, onde se passava por uma mulher chamada ‘Jéssika Alessandra’.

Após atrair os adolescentes com faixa etária entre 14 e 16 anos, ele marcava encontros noturnos na casa dele, onde morava com a mãe idosa. Quando chegavam lá e viam que não se tratava de uma mulher, os adolescentes então eram convencidos pelo servidor municipal a manter relações sexuais com ele mediante pagamento de R$ 30. Computadores e celular dele foram apreendidos. Portador de HIV, Silva ainda falsificou um exame clínico para convencer menores que questionavam ele sobre o uso de camisinha de que não tinha o vírus.