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Política

PT vai rediscutir espaço com tucanos e não descarta rompimento’, diz Jean

O PT vai reivindicar que o PSDB cumpra acordo e devolva cargos ao partido, fruto do apoio nas duas campanhas municipal; de 2012 e a suplementar em março de 2013.

Marcos Tomé/Região News

27 de Outubro de 2014 - 18:53

Depois da derrota do senador Delcidio do Amaral no último domingo (26), o PT de Sidrolândia vai tentar uma cartada final; reatar de vez o “namoro” com os tucanos, mas quer ficar livre para construir um projeto político alternativo para 2016. Na prática, está disposição é conflitante com os interesses do governo que teoricamente, vai defender a manutenção do partido na administração municipal.

Para o ex-vereador Jean Nazareth, entrevistado pelo RN, Delcídio errou no discurso, na atuação eleitoral e principalmente, na estratégia de campanha. Em sua avaliação, para enfraquecer o PMDB de André Pucinelli o candidato petista se aliou a Azambuja, desdenhou lideranças e acabou sendo engolido pelo tucano, seu aliado nas previas eleitorais.

“Só sobrou o PT para o senador no 2º turno. Ele aprendeu a lição da forma mais árdua na política, mas serviu de incentivo para toda militância. Em Sidrolândia o PT de muitas alas se uniu. As diferenças foram superadas e o próximo passo, será a construção de um projeto novo e de inclusão”, afirma Jean, que não esconde articulações para tomar o poder do PSDB em 2016.

O PT vai reivindicar que o PSDB cumpra acordo e devolva cargos ao partido, fruto do apoio nas duas campanhas municipal; de 2012 e a suplementar em março de 2013. “Não falo em nome do partido, mas há um entendimento com as principais lideranças de que irão reaver o espaço, caso contrário, vão debandar do governo”, informa o ex-vereador que na primeira eleição, foi adversário do PSDB, candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada pelo PMDB.

Esta postura “radical” contrasta com as declarações ao RN do vereador Sergio Trineu Bolzan, que embora tenha feito campanha para os candidatos do seu partido (Delcidio do Amaral para o Governo e Dilma Roussef, que tentava a reeleição para Presidência), não vê nenhuma dificuldade em se manter na base do prefeito Ari Basso, do PSDB, partido que polarizou a disputa com o PT no Estado e no âmbito nacional.

Jean diz que o partido ainda está em fase de analise do resultado das eleições, mas de uma coisa é certa; quem não se enquadrar terá dificuldades em permanecer no partido. “O propósito principal é fortalecer a sigla, unir o grupo, para que isto ocorra, não podemos cuidar apenas de nossos interesses pessoais. Temos que pensar coletivamente, caso contrário, o PT sempre será a noiva abandonada no altar”, finaliza.