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Esporte

Lyoto crê em nocaute de Vitor Belfort sobre Weidman e rejeita título interino

Apesar da confiança no compatriota, Lyoto ressaltou que se a luta caminhar para muitos rounds, o poderio de Belfort diminui e as chances do gringo aumentam

Combate.com

29 de Outubro de 2014 - 09:27

Um dos mais experientes lutadores do UFC, Lyoto Machida acredita que Vitor Belfort tem totais condições de tirar o cinturão dos pesos-médios (até 84kg) do UFC do americano Chris Weidman, em fevereiro de 2015, em evento ainda não definido. Para o último derrotado pelo campeão – no UFC 175, em julho –, Vitor pode até vencer por nocaute, no início da tão aguardada luta, que era pra acontecer no dia 6 de dezembro, mas foi adiada por conta de uma fratura na mão esquerda de Weidman. Apesar da confiança no compatriota, Lyoto ressaltou que se a luta caminhar para muitos rounds, o poderio de Belfort diminui e as chances do gringo aumentam.

- O Weidman com o Vitor é uma luta dura para os dois lados. Acredito que o Vitor tem a chance dele de nocautear o Weidman, principalmente no início da luta. Mas acredito que com o tempo não é o melhor amigo do Vitor. É normal o cara que luta muito tempo em pé perder mais força, o golpe já não é mais potente com o decorrer da luta, coisa que o lutador de wrestling consegue segurar um pouco mais, segurando você no chão e pontuando mais - afirmou Lyoto, que vai fazer a luta principal do UFC Barueri, em 20 de dezembro, contra o americano CB Dollaway.

Machida também não se furtou de comentar a sugestão dada por Belfort, em entrevista ao site. Irritado com o adiamento da sua luta pelo cinturão, o carioca sugeriu a criação de um título interino da categoria. O baiano não é a favor.

- É a primeira vez que o Weidman está dizendo que não pode lutar, que ele está machucado. Não há a necessidade de fazer um cinturão interino. Talvez num próximo embate se ele se machucar seguidamente tem de haver um cinturão interino, mas não há motivos agora.

A respeito do domínio americano no quis diz respeito ao número de cinturões do UFC neste momento – sete em oito categorias dentre os homens –, Lyoto disse que isso pode ser explicado pelo fato de os gringos estudarem bastante o MMA, e deles terem uma ótima estrutura. Para Machida cabe aos brasileiros perceberem que só talento não faz mais a diferença no esporte.

- Os americanos têm o mérito do treinamento e do estudo. Os americanos têm essa característica de estudar um esporte e tentar evoluir. Eles têm estrutura em todos os âmbitos: físico, humano e de suplementação. Eles vão nos detalhes. O brasileiro tem o talento, mas a gente precisa estar sempre se atualizando. Só o talento hoje não faz a diferença, precisa ter um bom treinamento.